terça-feira, 22 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Justiça com dinheiro público
Em entrevistas concedidas antes de apresentar seu relatório, o deputado Coffy Rodrigues (PSDB) afirmou que os trabalhos da comissão foram um grande desperdício de dinheiro público.
Para ser justo com o contribuinte, Coffy poderia devolver o salário recebido nos últimos quatro meses. Afinal, foi pago pelos cofres públicos para executar uma função da qual se omitiu e não cumpriu.
Para ser justo com o contribuinte, Coffy poderia devolver o salário recebido nos últimos quatro meses. Afinal, foi pago pelos cofres públicos para executar uma função da qual se omitiu e não cumpriu.
Nem da casinha, nem na caixinha
Comentário da deputada Stela Farias ao saber que o relator da CPI, Coffy Rodrigues, afirmou que ela está fora da casinha. "Estou absolutamente tranquila porque não estou nem dentro da caixinha e nem fora da casinha".
Ficção de baixo nível
O relatório que o deputado Coffy Rodrigues (PSDB) está apresentando nesta tarde à CPI conclui que não existe corrupção no Rio Grande do Sul e que todas as denúncias "são fruto de um ambiente de conflito exacerbado a serviço da disseminação de uma perseguição inquisitorial".
Se as conclusões de Coffy não chegam a surpreender, elas representam um atentado à inteligência do povo gaúcho. O deputado, que desde o início dos trabalhos da CPI, se recusou a participar das investigações, não analisou a documentação enviada à CPI pela Justiça Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual e abandonou as audiências quando telefonemas interceptados pela PF foram disponibilizados, produziu um documento que não reflete os quatro meses de atividades da comissão, nem as conclusões do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.
No lugar de condenar os criminosos, Coffy preferiu dedicar boa parte do seu relatório para criticar a presidenta da CPI, deputada Stela Farias (PT) e os procuradores federais que ajuizaram ação de improbidade administrativa contra a governadora e mais oito agentes públicos.
Os argumentos do tucano, entretanto, não param em pé: não é verdade que a governadora foi excluída da ação proposta pelo Ministério Público Federal por falra de provas. Estas, ao que tudo indica, são abundantes. O motivo foi o entendimento que chefes do Poder do Executivo só podem ser julgados pelo Legislativo ou pelo STJ.
Oposição propõe indiciamento de Yeda Crusius
A presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT), apresentou, nesta segunda-feira (21), as conclusões dos parlamentares de oposição que participaram da comissão. Acompanhada dos deputados Daniel Bordignon (PT), Elvino Bohn Gass (PT), Raul Pont (PT) e Raul Carrion (PCdoB), Stela propôs o indiciamento de 32 pessoas, entre eleas a governadora Yeda Crusius.
A deputada ainda destacou o boicote sofrido por ação da base yedista, desde o período de coleta de assinaturas para instalação da CPI, mas frisou que a tentativa deliberada da bancada governista de impedir as investigações saiu "frustrada".
Abaixo, a síntese do voto em separado da oposição, que será encaminhado ao Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual e Polícia Federal.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Desconhecimento
Ao chegar no 6º andar da Assembleia, onde foi protocolar o relatório da CPI da Corrupção, o deputado Coffy Rodrigues (PSDB) estranhou a existência de uma sala da comissão. "A CPI tem sala?", perguntou.
Este pequeno gesto exemplifica por que o documento produzido por Coffy conclui que não há elementos para condenar a conduta de autoridades nas irregularidades investigadas. Ele nunca foi à sala da CPI para estudar os documentos e áudios repassados à comissão pela Justiça, Ministério Público e Polícia Federal.
Este pequeno gesto exemplifica por que o documento produzido por Coffy conclui que não há elementos para condenar a conduta de autoridades nas irregularidades investigadas. Ele nunca foi à sala da CPI para estudar os documentos e áudios repassados à comissão pela Justiça, Ministério Público e Polícia Federal.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Presidenta da CPI irá propor indiciamento de 30 pessoas
Ao comentar o voto em separado que será apresentado na próxima segunda-feira (21), a presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT), informou que o documento deverá sugerir o indiciamento de até 30 pessoas, entre membros do primeiro escalão do governo estadual e secretários da prefeitura de Porto Alegre. "É um material muito bem construído. Não tenho dúvidas de que esse relatório servirá de base para uma nova representação no Poder Judicário", sustentou a deputada.
O documento deve pedir, também, o indiciamento de agentes privados, envolvidos em supostos esquemas de favorecimentos em licitações.
Voto em separado será apresentado dia 21
A apresentação do voto em separado da oposição da CPI da Corrupção, que ocorreria nesta quarta-feira (16), foi transferida para a próxima segunda-feira (21) às 10h, quando os deputados concederão uma entrevista coletiva à imprensa. O motivo da transferência da data é a extensa pauta de votações no parlamento nesta semana.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Voto em separado será apresentado na quarta feira
A presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT), anunciou que a apresentação do voto em separado da oposição será na próxima quarta-feira (16) às 13h. “Apesar de termos sofrido forte boicote promovido pela base governista, conseguimos avançar e montar o quebra-cabeças do esquema de corrupção forjado para fraudar licitações públicas”, assinalou a parlamentar.
Segundo Stela, o voto da oposição deverá revelar a “arquitetura da fraude” e apontar as responsabilidades políticas e administrativas pelas irregularidades investigadas nos últimos quatro meses. “O governo foi blindado por uma tática orquestrada da qual participaram todos os partidos aliados. Lamentavelmente, isso impediu que o parlamento aproveitasse a oportunidade de ouro para varrer das estruturas do Estado a verdadeira quadrilha que vem dilapidando os cofres públicos”, frisou Stela.
Reunião da CPI será logo mais, às 17h
A CPI da Corrupção realiza nova reunião logo mais, às 17h. O encontro será no plenarinho, 3º andar da Assembleia.
MPC questionará posse de Peixoto no Tribunal de Contas
Marcada para a próxima quarta-feira (16), a posse do deputado Marco Peixoto (PP) como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) pode ser barrada por ação do Ministério Público de Contas.
Conforme o procurador-geral do MPC, Geraldo Da Camino, as declarações de Margot Elidia Peixoto, ex-cunhada de Peixoto "são apenas um elemento a mais, pois outras circunstâncias estavam sendo ponderadas" desde que a maioria da Assembleia referendeou a indicação de deputado para substituir João Luiz Vargas no tribunal.
Na última sexta-feira, Margot concedeu entrevista ao jornalista Giovani Grizotti, da RBS TV, quando afirmou que ela e seu marido, Paulo Gerson Peixoto, irmão do parlamentar, serviram de laranjas para que Peixoto continuasse no comando da empresa Marco Construções, que tem contratos com o poder público, o que é proibido pela Constituição.
As outras ponderações a que se refere Camino são os áudios em que o deputado conversa Antônio Dorneu Maciel, réu da Operação Rodin – que apura fraude no Detran – e o fato do deputado ter mostrado desconhecimento, em sabatina na Comissão de Finanças do Legislativo, sobre as exigências constitucionais para a função de conselheiro.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Áudios mostram secretário da Fazenda de Porto Alegre negociando com empresários
No início da noite de ontem, o jornalista André Machado, da rádio Gaúcha, publicou em seu blog seis áudios que integram as investigações da Operação Solidária.
Ao contrário do que afirmou o vice-presidente da CPI da Corrupção, Gilberto Capoani (PMDB), que, na última terça-feira, deixou a reunião da comissão anunciando que as gravações não tinham ligação com a gestão de José Fogaça, o material mostra claramente que o empreiteiro Marco Antônio Camino, já indiciado por suspeita de fraudes em licitações públicas, negociava com o secretário da Fazenda de Porto Alegre, Cristiano Tatsch.
Quando a presidente da CPI, Stela Farias, revelou que contratos do PISA - Programa Socioambiental - poderiam estar sendo objeto de irregularidades, foi chamada de leviana pelo bloco yedista. Agora, mais uma vez, fica evidente que leviano é aquele que age para esconder a verdade.
Reproduzimos abaixo os áudios publicados por Machado.
Marco Antônio Camino fala para Cristiano Tatsch que o assunto não é o Conduto e Tatsch compreende o recado
Odilon Menezes e Marco Antônio Camino falam de uma conversa que tiveram com alguém que está por dentro do assunto
Em 25 de abril, duas semanas antes da reabertura do processo, às 8h04, Cristiano Tatsch e Marco Antônio Camino falam da reunião que aconteceria horas depois
Após o encontro com Cristiano Tatsch no dia 25 de abril, Marco Antônio Camino comunica Odilon Menezes o que havia ficado estabelecido
No dia 12 de maio de 2008, dia da divulgação das empresas que conseguiram se habilitar para participar da licitação, Cristiano Tatsch e Marco Antônio Camino combinam quem ficaria a frente do processo. O secretário revela ainda que já conversou com algumas pessoas da prefeitura, inclusive com Flávio Presser, diretor geral do DMAE
Marco Antônio Camino e Odilon Menezes comemoram o resultado do processo
Ao contrário do que afirmou o vice-presidente da CPI da Corrupção, Gilberto Capoani (PMDB), que, na última terça-feira, deixou a reunião da comissão anunciando que as gravações não tinham ligação com a gestão de José Fogaça, o material mostra claramente que o empreiteiro Marco Antônio Camino, já indiciado por suspeita de fraudes em licitações públicas, negociava com o secretário da Fazenda de Porto Alegre, Cristiano Tatsch.
Quando a presidente da CPI, Stela Farias, revelou que contratos do PISA - Programa Socioambiental - poderiam estar sendo objeto de irregularidades, foi chamada de leviana pelo bloco yedista. Agora, mais uma vez, fica evidente que leviano é aquele que age para esconder a verdade.
Reproduzimos abaixo os áudios publicados por Machado.
Marco Antônio Camino fala para Cristiano Tatsch que o assunto não é o Conduto e Tatsch compreende o recado
Odilon Menezes e Marco Antônio Camino falam de uma conversa que tiveram com alguém que está por dentro do assunto
Em 25 de abril, duas semanas antes da reabertura do processo, às 8h04, Cristiano Tatsch e Marco Antônio Camino falam da reunião que aconteceria horas depois
Após o encontro com Cristiano Tatsch no dia 25 de abril, Marco Antônio Camino comunica Odilon Menezes o que havia ficado estabelecido
No dia 12 de maio de 2008, dia da divulgação das empresas que conseguiram se habilitar para participar da licitação, Cristiano Tatsch e Marco Antônio Camino combinam quem ficaria a frente do processo. O secretário revela ainda que já conversou com algumas pessoas da prefeitura, inclusive com Flávio Presser, diretor geral do DMAE
Marco Antônio Camino e Odilon Menezes comemoram o resultado do processo
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Resposta seletiva
"Vou repetir o que já ouvi de conhecidos tucanos: a governadora Yeda Crusius não é boa da cabeça. Em plena crise do Detran, enfrentando a suspeita da compra da sua casa em plena campanha eleitoral, a governador permite que a filha – sem renda, sem emprego – adquira uma casa. E a estratégia adotada é a de tratar a operação como “assunto privado”.
O comentário é do jornalista Luis Nassif, ao analisar o pedido de investigação do PSOL sobre a compra de uma casa por Tarsila Crusius, filha de Yeda.
O novo coordenador de Comunicação Social do governo Yeda Crusius (PSDB), Antonio Matiello, enviou uma resposta a Luis Nassif, referindo o relatório da CPI do Detran, feito por um deputado tucano. Só não mencionou que o documento elaborado pelo deputado Adilson Troca (PSDB) virou letra morta. O que vingou daquela comissão de inquérito foi o voto em separado apresentado pelos deputados da oposição, que originou uma representação do Ministério Público Federal contra a governadora e outros oito integrantes da base aliada. Para quem não se lembra, o trabalho do MPF serviu de fundamento para a ação civil pública movida pela Justiça Federal contra a turma que arrombou os cofres do Detran.
O comentário é do jornalista Luis Nassif, ao analisar o pedido de investigação do PSOL sobre a compra de uma casa por Tarsila Crusius, filha de Yeda.
O novo coordenador de Comunicação Social do governo Yeda Crusius (PSDB), Antonio Matiello, enviou uma resposta a Luis Nassif, referindo o relatório da CPI do Detran, feito por um deputado tucano. Só não mencionou que o documento elaborado pelo deputado Adilson Troca (PSDB) virou letra morta. O que vingou daquela comissão de inquérito foi o voto em separado apresentado pelos deputados da oposição, que originou uma representação do Ministério Público Federal contra a governadora e outros oito integrantes da base aliada. Para quem não se lembra, o trabalho do MPF serviu de fundamento para a ação civil pública movida pela Justiça Federal contra a turma que arrombou os cofres do Detran.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
RS fora do calendário
Hoje – 9 de dezembro – é o Dia Internacional de Combate à Corrupção, data definida por convenção da ONU. Aqui, no Rio Grande do Sul, não há muito o que comemorar nesta área. Afinal, o governo do Estado continua emaranhado em denúncias de irregularidades e desvio de recursos públicos.
A Assembleia Legislativa também não tem colaborado. Ontem, a maioria governista indicou para ocupar vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado o deputado Marco Peixoto (PP), flagrado pela Polícia Federal em “colóquio” suspeito com investigados pela Operação Rodin.
PMDB acoberta a verdade
Após ouvir os áudios sigilosos que integram a Operação Solidária, onde interlocutores fazem referência ao Programa Socioambiental, da prefeitura de Porto Alegre, o vice-presidente da CPI da Corrupção, Gilberto Capoani (PMDB), disse que as gravações não têm ligação com a gestão Fogaça.
Entretanto, o coordenador do PISA, Geraldo Portanova Leal, pediu afastamento do cargo ontem à tarde. Se não existe problema, como afirmou Capoani, por que Portanova pediu demissão?
Para o deputado Daniel Bordignon, a reação de Capoani é típica de quem está tentando acobertar a verdade. “Trata-se de uma tática para esconder a verdade. Independente do que tivessem escutado, sairiam negando o conteúdo das interceptações, que é muito grave. O histórico de sua atuação na CPI nos permite deduzir isso”, frisou.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
R$ 22 mil para o resto da vida
Ignorando o envolvimento do deputado Marco Peixoto com protagonistas da fraude no Detran, a maioria da Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (8) a indicação do parlamentar para ocupar a vaga de João Luiz Vargas como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
Como protesto, o blog Zero Corrupção reproduz um trecho de um telefonema entre Peixoto e o ex-diretor da CEEE Antônio Dorneu Maciel, réu da Operação Rodin. Em linguagem cifrada, Maciel diz a Peixoto que "na próxma semana ele vai ganhar um livro, pois o pessoal está muito contente com ele".
Conforme os procuradores que atuaram na investigação, a palavra livro seria usada como código para recebimento de propina.
Ao contestar a indicação de Peixoto, o deputado Daniel Bordignon (PT) fez uma forte intervenção, destacando que "estamos aprovando um servidor que vai ganhar R$ 22 mil por mês para o resto da vida, que não respondeu a nenhuma pergunta feita na Comissão de Finanças, sem competência e conhecimento. Estamos fazendo isto simplesmente porque há uma grande acordo aqui (...) Isto é um negócio de compadres que a sociedade gaúcha precisa ficar sabendo".
PSOL diz que Tarsila Crusius não tem renda para comprar mansão
Além da doação feita pelo vice-governador Paulo Feijó - e não contabilizada oficialmente na prestação de contas da coligação que elegeu Yeda Crusius para o Palácio Piratini, o PSOL fez uma segunda denúncia, envolvendo a compra de outra casa pela família Crusius.
Segundo o vereador Pedro Ruas, a filha da governadora, Tarsila Crusius, adquiriu uma residência, na Zona Sul de Porto Alegre, por R$ 310 mil. Conforme a certidão emitida no fechamento do negócio, formalizado no dia 3 de junho deste ano, R$ 150 mil foram pagos na entrada e o saldo foi parcelado da seguinte forma:
- R$ 15 mil em 10 de junho de 2009, mediante desocupação do imóvel;
- R$ 60 mil em três parcelas mensais e consecutivas no valor de R$ 20 mil cada uma, a serem pagas em 10 de julho, 10 de agosto e 10 de setembro de 2009;
- R$ 15 mil em 10 de outubro de 2009;
- R$ 70 mil em 10 parcelas mensais e consecutivas no valor de R$ 7 mil, vencendo-se a primeira no dia 10 de novembro de 2009 e as demais no mesmo dia dos meses seguintes.
"Trata-se de uma casa cara, em condomínio fechado e a filha da governadora tem uma função honorífica, não remunerada. Ela não tem renda", avaliou Ruas. O vereador anunciou que o partido vai encaminhar a documentação ao Tribunal de Contas e solicitar um exame na situação patrimonial de Tarsila Crusius. "Entedemos que o gasto é incompatível com a sua renda", observou o vereador.
Uma coincidência intriga o vereador: o vencimento da última parcela está acertado para quatro meses antes do encerramento do mandado da governadora.
Doação de Feijó não consta na prestação de contas do PSDB, denuncia PSOL
Conforme haviam prometido, dirigentes do PSOL concederam entrevista coletiva na tarde de hoje, quando acrecentaram novas suspeitas sobre o uso de caixa 2 na campanha de Yeda Crusius ao governo estadual.
A deputada Luciana Genro explicou que o vice-governador, Paulo Feijó, fez uma doação para a campanha majoritária de 2006, pagando o aluguel do comitê eleitoral da Av. Nilo Peçannha. "Entretanto, a doação, registrada nas declarações de Imposto de Renda do doador e da empresa locatária, não consta da prestação de contas do PSDB referente à campanha", revelou a parlamentar.
A omissão da doação motivou o vice-governador a ingressar na Justiça solicitando o recibo eleitoral. O processo tramita na 12 Vara Civil, em segredo de justiça, e tem como ré a governadora Yeda Crusius.
Segundo a deputada, esta não é a única doação não declarada, "mas é uma prova material e concreta da prática de caixa dois na campanha de Yeda Crusius".
Novas e graves denúncias sobre o governo Yeda
Hoje, às 14 horas, tem entrevista coletiva na sede estadual do PSOL, em Porto Alegre. O presidente do partido, Roberto Robaina, e o vereador Pedro Ruas prometem apresentar “novas e graves denúncias” envolvendo o governo Yeda Crusius (PSDB).
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Reprise nesta terça
Nesta terça-feira (8), a CPI deverá reapresentar, a partir das 18h, os áudios que contêm diálogos sobre o Programa Socioambiental. A reprise atende à solicitação do vice-presidente da comissão, Gilberto Capoani (PMDB). Além das 12 gravações já exibidas, deverão ser apresentados outros áudios inéditos.
Stela defende convocação de empresário flagrado pela PF
A presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT), afirmou que, se a base aliada quisesse esclarecer as denúncias de irregularidades no Programa Socioambiental, da prefeitura de Porto Alegre, teria aprovado a convocação do empresário Odilon Menezes.
Flagrado por interceptações telefônicas da Polícia Federal, o proprietário da empresa Construtora Sacchi Ltda teria articulado com o dono da Mac Engenharia, Marco Antônio Camino, a pauta de uma reunião com o secretário da Fazenda de Porto Alegre, Cristiano Tasch.
“Há fortes evidências de que agentes públicos e privados articularam os termos dos editais das obras seis meses antes dos documentos serem lançados, aniquilando com a possibilidade de uma concorrência pública em igualdade de condições. A vinda da testemunha à CPI seria uma oportunidade de defesa, inclusive, para a municipalidade de Porto Alegre”, assinalou.
Deputados pedem inspeção do MPC nos contratos do PISA
Acompanhada do deputado Raul Pont (PT), a presidenta da CPI, Stela Farias entregou ao procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, uma representação solicitando inspeção do órgão nos editais de qualificação das obras do Programa Socioambiental (PISA) desenvolvido pela prefeitura de Porto Alegre.
Após deixar o TCE, Stela se dirigiu à Policia Federal onde se reuniu com investigadores responsáveis pela Operação Solidária. Aos policiais, a presidenta da CPI apontou - nos áudios interceptados pela própria PF - os trechos onde agentes públicos e empresários conversam sobre os termos dos editais de licitação para obras do PISA.
Reunião da CPI será logo mais, às 17h
A CPI da Corrupção realiza nova reunião logo mais, às 17h. O encontro será no plenarinho, 3º andar da Assembleia. Na pauta, a apreciação de requerimentos solicitando novas oitivas e acesso a documentos.
Carta aberta a Simon
O presidente estadual do PMDB, Pedro Simon, encaminhou correspondência à presidente nacional da sigla, deputada Iris Araújo, exigindo que o partido dê "uma cabal satisfação à opinião pública brasileira" sobre as denúncias de envolvimento de peemedebistas nos crimes investigados pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que revelou uma rede de corrupção no Distrito Federal.
Usando o texto de Simon à deputada Iris como base, elaboramos uma carta aberta assinada pelo povo gaúcho e dirigida ao senador, exigindo que o partido dê "uma cabal satisfação à opinião pública gaúcha" sobre as denúncias de envolvimento de peemedebistas nos crimes investigados pela Operação Solidária, da Polícia Federal, que revelou uma rede de corrupção no Rio Grande do Sul, montada para fraudar licitações de obras públicas sob responsabilidade do Estado.
Ilmo. Sr.
Senador Pedro Simon
M.D. Presidente da Executiva Estadual do PMDB/RS
Porto Alegre - RS
Companheiro Simon,
O Rio Grande do Sul está estarrecido, desde 2007, com as gravações exibindo políticos, governantes e parlamentares em diálogos de corrupção explícita no âmbito da Operação Rodin e da Operação Solidária, da Polícia Federal, centrada nas investigações sobre as fraudes no Detran e em licitações públicas de obras sob responsabilidade do Estado.
São conversas revoltantes, disponibilizadas pela CPI da Corrupção, que provocam indignação na população honesta, gaúcha e brasileira e deixam todos nós deprimidos com o despudor a que se pode chegar no trato do dinheiro público desviado por corruptos e corruptores.
O constrangimento é geral, suprapartidário. E atinge o próprio PMDB, ferido com o envolvimento de nomes ilustres de seu comando regional com as notícias que agora transbordam os limites do Rio Grande do Sul e da paciente opinião pública gaúcha.
Grandes veículos de comunicação já noticiaram que existiria um vídeo gravado pelo ex-coordenador da campanha de Yeda Crusius ao governo gaúcho, Lair Ferst, relatando o uso de dinheiro oriundo de caixa dois na compra da casa da governadora, cuja gestão envolve figuras de destaque do PMDB.
Gravados em telefonemas interceptados pela Operação Solidária, os deputados peemedebistas Marco Alba, Alceu Moreira e Eliseu Padilha conversam em termos absolutamente inquietantes.
Padilha, Alba e Moreira negam, enfaticamente, o envolvimento nestas operações escusas e anunciam processos na Justiça para contestar seus detratores.
Mas só isso não basta, presidente Pedro Simon.
É preciso mais. Pela direção estadual, o PMDB precisa dar uma cabal satisfação à opinião pública gaúcha, cada vez mais perplexa com o que ouve e vê em imagens e palavras eloqüentes pelo conteúdo e despudoradas pelo que mostram.
O PMDB, na condição de maior partido brasileiro, hoje abriga as duas maiores bancadas no Congresso Nacional – 95 deputados federais e 19 senadores. São nove governadores e cinco vice-governadores. Tem 1.201 dos 5.564 prefeitos do país, dentre eles os governantes de cinco capitais. Tem 910 vice-prefeitos. E tem, ainda, 8.497 dos 51 mil vereadores espalhados pelo país.
Todos eles e os 10 milhões de gaúchos, dos quais quase 8 milhões farão fila nas seções eleitorais de outubro de 2010, merecem uma pronta satisfação do comando estadual do PMDB sobre o que há de verdade ou não nestas acusações.
Não podemos conviver com suspeitas, insinuações, dúvidas, maledicências.
Precisamos separar o que é verdade e o que é mentira.
Precisamos distinguir entre os bons e os maus políticos, os homens públicos de bem e os homens publicamente envolvidos com o mal.
Precisamos exaltar a boa política e execrar a política que virou caso de polícia.
É o que espera o Brasil e o Rio Grande do Sul do PMDB.
Confiamos nas suas providências.
Um abraço fraterno,
povo gaúcho
Usando o texto de Simon à deputada Iris como base, elaboramos uma carta aberta assinada pelo povo gaúcho e dirigida ao senador, exigindo que o partido dê "uma cabal satisfação à opinião pública gaúcha" sobre as denúncias de envolvimento de peemedebistas nos crimes investigados pela Operação Solidária, da Polícia Federal, que revelou uma rede de corrupção no Rio Grande do Sul, montada para fraudar licitações de obras públicas sob responsabilidade do Estado.
Ilmo. Sr.
Senador Pedro Simon
M.D. Presidente da Executiva Estadual do PMDB/RS
Porto Alegre - RS
Companheiro Simon,
O Rio Grande do Sul está estarrecido, desde 2007, com as gravações exibindo políticos, governantes e parlamentares em diálogos de corrupção explícita no âmbito da Operação Rodin e da Operação Solidária, da Polícia Federal, centrada nas investigações sobre as fraudes no Detran e em licitações públicas de obras sob responsabilidade do Estado.
São conversas revoltantes, disponibilizadas pela CPI da Corrupção, que provocam indignação na população honesta, gaúcha e brasileira e deixam todos nós deprimidos com o despudor a que se pode chegar no trato do dinheiro público desviado por corruptos e corruptores.
O constrangimento é geral, suprapartidário. E atinge o próprio PMDB, ferido com o envolvimento de nomes ilustres de seu comando regional com as notícias que agora transbordam os limites do Rio Grande do Sul e da paciente opinião pública gaúcha.
Grandes veículos de comunicação já noticiaram que existiria um vídeo gravado pelo ex-coordenador da campanha de Yeda Crusius ao governo gaúcho, Lair Ferst, relatando o uso de dinheiro oriundo de caixa dois na compra da casa da governadora, cuja gestão envolve figuras de destaque do PMDB.
Gravados em telefonemas interceptados pela Operação Solidária, os deputados peemedebistas Marco Alba, Alceu Moreira e Eliseu Padilha conversam em termos absolutamente inquietantes.
Padilha, Alba e Moreira negam, enfaticamente, o envolvimento nestas operações escusas e anunciam processos na Justiça para contestar seus detratores.
Mas só isso não basta, presidente Pedro Simon.
É preciso mais. Pela direção estadual, o PMDB precisa dar uma cabal satisfação à opinião pública gaúcha, cada vez mais perplexa com o que ouve e vê em imagens e palavras eloqüentes pelo conteúdo e despudoradas pelo que mostram.
O PMDB, na condição de maior partido brasileiro, hoje abriga as duas maiores bancadas no Congresso Nacional – 95 deputados federais e 19 senadores. São nove governadores e cinco vice-governadores. Tem 1.201 dos 5.564 prefeitos do país, dentre eles os governantes de cinco capitais. Tem 910 vice-prefeitos. E tem, ainda, 8.497 dos 51 mil vereadores espalhados pelo país.
Todos eles e os 10 milhões de gaúchos, dos quais quase 8 milhões farão fila nas seções eleitorais de outubro de 2010, merecem uma pronta satisfação do comando estadual do PMDB sobre o que há de verdade ou não nestas acusações.
Não podemos conviver com suspeitas, insinuações, dúvidas, maledicências.
Precisamos separar o que é verdade e o que é mentira.
Precisamos distinguir entre os bons e os maus políticos, os homens públicos de bem e os homens publicamente envolvidos com o mal.
Precisamos exaltar a boa política e execrar a política que virou caso de polícia.
É o que espera o Brasil e o Rio Grande do Sul do PMDB.
Confiamos nas suas providências.
Um abraço fraterno,
povo gaúcho
Stela tem reunião no MPC e na PF nesta segunda-feira
A presidenta da CPI, Stela Farias (PT), tem reunião hoje, às 13h, com o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino, e às 15h, na sede da Polícia Federal, com os investigadores que trabalham na Operação Solidária. Juntamente com as autoridades, a deputada vai ouvir - mais uma vez - os trechos das gravações de telefonemas, interceptados com autorização judicial, que indicam irregularidades no Programa Integrado Socioambiental, desenvolvido pela prefeitura de Porto Alegre.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
O que Simon tem a dizer?
Na carta enviada pelo senador Pedro Simon à executiva nacional do PMDB solicitando providências sobre as denúncias de que integrantes do partido estariam envolvidos no escândalo de corrupção e distribuição de propina protagonizado pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), o gaúcho resgata sua história em defesa da ética na política, bandeira que tinha deixado de lado quando fatos igualmente revoltantes vieram à tona no Rio Grande do Sul.
Quem sabe, agora, Simon lembre que é presidente estadual do PMDB e - a exemplo do que está reivindicando em Brasília - tome providências sobre as denúncias envolvendo o deputado federal Eliseu Padilha, o deputado estadual Alceu Moreira e o secretário da Habitação, Marco Alba, todos seus companheiros de partido flagrados pela Operação Solidária em negociações suspeitas.
Afinal, as cenas gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, que chocaram o país não só por retratar a completa falta de decoro dos participantes do esquema, mas o deboche dos beneficiados, não são diferentes dos diálogos interceptados pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul quando investigou as fraudes no Detran e nas licitações públicas; do depoimento de Lair Ferst ao Ministério Público Federal; das conversas entre Lair e Marcelo Cavalcante que, aliás, está morto.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Agora, o PMDB quer ouvir as gravações que lançam suspeitas sobre o PISA
Depois de se recusarem a participar das duas sessões ocorridas nesta semana, quando a presidenta da CPI da Corrupção revelou as suspeitas de irregularidades nos contratos do Programa Socioambiental (Pisa), da prefeitura de Porto Alegre, e disponibilizou gravações de telefonemas interceptados pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Solidária, deputados do PMDB solicitaram, hoje, cópia dos áudios.
Durante a manhã, o líder da bancada peemedebista, Gilberto Capoani, telefonou para a deputada Stela Farias e pediu para ter acesso às gravações. A parlamentar aceitou o pedido e anunciou a convocação de uma reunião extraordinária na próxima terça-feira (8), quando os áudios serão reapresentados.
Capoani mudou de opinião sobre a gravidade das gravações. Em entrevista ao jornal Zero Hora desta quinta-feira (3), o deputado fez a seguinte declaração: "daqui a pouco vão investigar até São Pedro, para ver quem pode ou não entrar no céu. Tenho mais o que fazer".
Hoje à tarde, os deputados Nelson Harter, Alexandre Postal e Alceu Moreira, todos do PMDB, estiveram na sala da CPI para examinar o material, que se encontra guardado num cofre. Ficou acertado, no entanto, que todos os interessados poderão ouvir as gravações na próxima terça-feira.
Caso PISA: Tatsch confirma encontro com empreiteiro
Informação publicada no blog do jornalista André Machado: o secretário da Fazenda de Porto Alegre, Cristiano Tatsch, confirmou que recebeu em seu gabinete os empresários da construção Marco Antônio Camino e Ricardo Portella para tratar da licitação para as obras do Projeto Integrado Sócioambiental (PISA). O encontro ocorreu no dia 25 de abril de 2008. Em uma das conversas telefônicas interceptadas pela Operação Solidária está uma entre Tatsch e Camino combinando o encontro um dia antes.
Tatsch revela que os empresários o procuraram para reclamar do valor previsto para as obras do PISA e alertar que se o edital não fosse alterado, a licitação não teria interessados. Em 12 de maio foram abertos os envelopes de pré-qualificação das empresas, quase um mês depois do encontro. A análise dos empresários se deve ao edital de pré-qualificação, publicado em fevereiro, onde consta que a empresa interessada deveria ter de capital social no mínimo 10% do valor da licitação e fazia a descrição da obra. A partir deste percentual fizeram os cálculos.
Tastch garante que a prefeitura de Porto Alegre não possui nenhum contrato com a MAC Engenharia, de Marco Antônio Camino. O último, de acordo com o secretário, foi a obra do Conduto Forçado Álvaro Chaves, assinada no dia 29 de dezembro de 2002.
PT e PSOL pedem comissão para investigar obras do PISA
Requerimento dos vereadores do PT e do PSOL solicitando a criação de uma comissão externa para investigar indícios de favorecimento em editais de licitação, desvio de recursos e superfaturamento nos contratos do PISA - Programa Integrado Socioambiental - em Porto Alegre foi entregue nesta quarta-feira (2) à presidência da Câmara. O pedido será analisado na sessão de segunda-feira (7/12).
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Arruda quer do DEM o mesmo tratamento que Yeda recebeu do PSDB
Depois de ser flagrado recebendo dinheiro do ex-secretário Durval Barbosa, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, afirmou que gostaria de ter de seu partido o mesmo tratamento que o PSDB dedicou à governadora Yeda Crusius, também emaranhada numa imensa teia de denúncias de corrupção e trapalhadas.
O partido do governador falou em expulsão. Já o tucanato preenche laudas e laudas em defesa de Yeda toda vez que o Palácio Piratini é alvo de um petardo, normalmente lançado pelos próprios aliados.
O que Arruda não se deu conta é que, para ter um tratamento tão obsequioso, a governadora gaúcha pronunciou três palavrinhas mágicas, que lhe abriram as portas da compreensão: “não cairei sozinha”.
Solidariedade tucana
O post abaixo foi publicado no blog do PSDB/RS. Ao ler, é impossível não lembrar o aviso da governadora, em agosto último, quando o Ministério Público Federal ingressou com a ação de improbidade administrativa contra a chefe do Executivo gaúcho e mais oito pessoas. "Não vou cair sozinha", ameaçou Yeda Crusius. O PMDB, ao parece, é o primeiro a ser rifado, pois o PSDB está comemorando as suspeitas de irregularidades em contratos firmados pela prefeitura de Porto Alegre.
Suspeitas sobre o governo Fogaça podem favorecer Yeda
Embora o jornal Zero Hora já tenha feito uma grande reportagem na edição desta terça-feira, sobre o assunto, ainda não existe nada de concreto, por parte da Polícia Federal, sobre suspeitas de superfaturamento de contratos relacionados ao Programa Sócioambiental (Pisa), da Prefeitura de Porto Alegre.
O superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto, disse em entrevista a uma emissora de rádio que estão sendo feitas análises do material que apareceu, mas não há, ainda, uma investigação em andamento. As suspeitas apareceram ao acaso, em interceptações telefônicas referentes à Operação Solidária, que investiga, entre outros, agentes públicos do PMDB.
Não é possível se prever um desfecho do que pode resultar essa análise de informações pela Polícia Federal, nem se terá maiores consequências que possam comprometer seriamente o prefeito José Fogaça.
Mas que não apenas ele, mas todo o partido está tremendo nas bases, isto não há dúvidas. Porque com a recusa do ex-governador Germano Rigotto em concorrer, só resta o prefeito como candidato do partido ao governo do Estado.
E se o prefeito tiver algo a esconder ou suspeitar que algum ou alguns de seus assessores têm o rabo preso, é possível que acenda o sinal amarelo no Paço Municipal e Fogaça mantenha-se, com ainda mais disposição, a vontade de permanecer à frente do Executivo da Capital, forçando o PMDB a encontrar um terceiro candidato, o que, todos sabem, não há.
E, neste caso, a governadora Yeda Crusius será a grande beneficiada, pois terá apenas o oponente petralha a atrapalhar seu plano de se reeleger.
Suspeitas sobre o governo Fogaça podem favorecer Yeda
Embora o jornal Zero Hora já tenha feito uma grande reportagem na edição desta terça-feira, sobre o assunto, ainda não existe nada de concreto, por parte da Polícia Federal, sobre suspeitas de superfaturamento de contratos relacionados ao Programa Sócioambiental (Pisa), da Prefeitura de Porto Alegre.
O superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto, disse em entrevista a uma emissora de rádio que estão sendo feitas análises do material que apareceu, mas não há, ainda, uma investigação em andamento. As suspeitas apareceram ao acaso, em interceptações telefônicas referentes à Operação Solidária, que investiga, entre outros, agentes públicos do PMDB.
Não é possível se prever um desfecho do que pode resultar essa análise de informações pela Polícia Federal, nem se terá maiores consequências que possam comprometer seriamente o prefeito José Fogaça.
Mas que não apenas ele, mas todo o partido está tremendo nas bases, isto não há dúvidas. Porque com a recusa do ex-governador Germano Rigotto em concorrer, só resta o prefeito como candidato do partido ao governo do Estado.
E se o prefeito tiver algo a esconder ou suspeitar que algum ou alguns de seus assessores têm o rabo preso, é possível que acenda o sinal amarelo no Paço Municipal e Fogaça mantenha-se, com ainda mais disposição, a vontade de permanecer à frente do Executivo da Capital, forçando o PMDB a encontrar um terceiro candidato, o que, todos sabem, não há.
E, neste caso, a governadora Yeda Crusius será a grande beneficiada, pois terá apenas o oponente petralha a atrapalhar seu plano de se reeleger.
Stela desafia yedistas a convocar empreteiro
Chamada de leviana por integrantes da base aliada, a presidenta da CPI da Corrupção lançou um desafio aos deputados governistas no início da tarde desta quarta-feira (2). Depois da exibição de 12 áudios sigilosos que integram a Operação Solidária, Stela Farias (PT) conclamou os oito representantes do governo na CPI a aprovarem na próxima segunda-feira (7) requerimento para a convocação do empreiteiro Odilon Meneses, que teria envolvimento no direcionamento da licitação do Projeto Socioambiental, da prefeitura de Porto Alegre. “Levianos são os que não aparecem nas reuniões da CPI e trabalham para acobertar a estrutura criminosa montada para fraudar os cofres públicos. Com a convocação do empreiteiro, ficará claro quem age com leviandade e desprezo pelo povo gaúcho e quem quer apurar as denúncias”, frisou.
Meneses seria proprietário de uma das empresas que compõem o consórcio Cristal, um dos executores das obras do Projeto Socioambiental. Ele teria sido flagrado pela Polícia Federal em conversa telefônica com o dono da Mac Engenharia, Marco Antônio Camino, articulando alterações nos editais das licitações públicas.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Medo de morrer antecipou depoimentos
Ao falar sobre a demora no encerramento das investigações da morte de Marcelo Cavalcante, cujo corpo foi encontrado boiando no Lago Paranoá há quase dez meses, o superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto, comentou que muita gente teve medo de ter o mesmo destino do ex-chefe do escritório político do governo gaúcho em Brasília e pediu para depor, antes mesmo de ser chamada pela polícia de Brasília, que conduz o inquérito.
Delação total?
A delação premiada de Lair Ferst, coordenador da campanha de Yeda e um dos mentores da fraude no Detran, voltou a ser objeto de especulações.
Na Assembleia Legislativa, ninguém duvida que o empresário fez um acordo com a Polícia Federal, embora seu advogado não desminta e nem confirme a informação. Não há dúvidas também que as informações repassadas por Ferst são avassaladoras.
O mistério que ainda permanece diz respeito ao vídeo que revelaria a negociação para a compra da mansão da governadora. Há informações de que o DVD contém uma conversa com o corretor imobiliário que selou a venda. Nitroglicerina pura.
Novidades da Operação Rodin
Conforme o superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, nos próximos dias novos desdobramentos da Operação Rodin, que apurou a fraude no Detran, serão anunciados. Ildo Gasparetto revelou que dados relativos à quebra de sigilo fiscal dos envolvidos ainda estão sendo cruzados. Também há mudanças ao relação ao status dos investigados, pois alguns que tinham foro privilegiado já perderam esta condição.
Gasparetto confirma investigação nos contratos do Pisa
Em entrevista à Rádio Gaúcha, concedida na tarde de hoje, o superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto, confirmou que possíveis irregularidades nas licitações das obras do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), desenvolvido em Porto Alegre, estão sendo analisadas pelo órgão. A informação tinha sido fornecida ontem pela presidenta da CPI, Stela Farias (PT), durante audiência da comissão onde a deputada apresentou um esquema da Operação Solidária e suas ramificações.
O programa tem orçamento de R$ 586 milhões para investimentos na ampliação da rede de tratamento de esgoto da capital até 2012. Segundo o delegado, empresas suspeitas de favorecimento em licitações coordenadas pelo Estado também estariam participando das concorrências sob responsabilidade do município, o que chamou a atenção da Polícia Federal.
Abraço no TCE contra a indicação de Peixoto
Amanhã (2), o plenário da Assembleia deve votar - e aprovar - a indicação do deputado Marco Peixoto (PP) à vaga de conselheiro do TCE. Contrários à forma de escolha e ao nome proposto, os servidores do órgão realizaram um protesto ontem, reivindicando que o parlamentar não seja empossado pelos conselheiros do tribunal.
Os servidores estão empenhados na luta para regulamentar a escolha de futuros conselheiros, considerando as exigências constitucionais de conduta ilibada, idoneidade e notório conhecimento técnico para o cargo.
A foto mostra o abraço simbólico no prédio da instituição para tentar sensibilizar os conselheiros para as demandas apresentadas.
Os servidores também anunciaram que, nesta quarta-feira, estarão nas galerias na Assembleia acompanhando a votação do nome de Marco Peixoto para substituir João Luiz Vargas, que solicitou aposentadoria após ser incluído na ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal por envolvimento na fraude do Detran.
Fraude no Pisa: Polícia Federal deve se manifestar hoje
O superintendente da PF no Estado, Ildo Gasparetto, deve se manifestar hoje sobre as denúncias de irregularidades nas licitações das obras do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), desenvolvido em Porto Alegre. O programa tem orçamento de R$ 586 milhões para investimentos na ampliação da rede de tratamento de esgoto da capital até 2012. Segundo a presidenta da CPI, Stela Farias (PT), há indícios de direcionamento de licitações, nos mesmos moldes dos constatados pela Operação Solidária em obras públicas sob o comando do Estado. A deputada revelou ainda que a PF já está analisando o assunto.
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