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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Carta aberta a Simon


O presidente estadual do PMDB, Pedro Simon, encaminhou correspondência à presidente nacional da sigla, deputada Iris Araújo, exigindo que o partido dê "uma cabal satisfação à opinião pública brasileira" sobre as denúncias de envolvimento de peemedebistas nos crimes investigados pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que revelou uma rede de corrupção no Distrito Federal.

Usando o texto de Simon à deputada Iris como base, elaboramos uma carta aberta assinada pelo povo gaúcho e dirigida ao senador, exigindo que o partido dê "uma cabal satisfação à opinião pública gaúcha" sobre as denúncias de envolvimento de peemedebistas nos crimes investigados pela Operação Solidária, da Polícia Federal, que revelou uma rede de corrupção no Rio Grande do Sul, montada para fraudar licitações de obras públicas sob responsabilidade do Estado.

Ilmo. Sr.
Senador Pedro Simon
M.D. Presidente da Executiva Estadual do PMDB/RS
Porto Alegre - RS

Companheiro Simon,

O Rio Grande do Sul está estarrecido, desde 2007, com as gravações exibindo políticos, governantes e parlamentares em diálogos de corrupção explícita no âmbito da Operação Rodin e da Operação Solidária, da Polícia Federal, centrada nas investigações sobre as fraudes no Detran e em licitações públicas de obras sob responsabilidade do Estado.

São conversas revoltantes, disponibilizadas pela CPI da Corrupção, que provocam indignação na população honesta, gaúcha e brasileira e deixam todos nós deprimidos com o despudor a que se pode chegar no trato do dinheiro público desviado por corruptos e corruptores.

O constrangimento é geral, suprapartidário. E atinge o próprio PMDB, ferido com o envolvimento de nomes ilustres de seu comando regional com as notícias que agora transbordam os limites do Rio Grande do Sul e da paciente opinião pública gaúcha.

Grandes veículos de comunicação já noticiaram que existiria um vídeo gravado pelo ex-coordenador da campanha de Yeda Crusius ao governo gaúcho, Lair Ferst, relatando o uso de dinheiro oriundo de caixa dois na compra da casa da governadora, cuja gestão envolve figuras de destaque do PMDB.

Gravados em telefonemas interceptados pela Operação Solidária, os deputados peemedebistas Marco Alba, Alceu Moreira e Eliseu Padilha conversam em termos absolutamente inquietantes.

Padilha, Alba e Moreira negam, enfaticamente, o envolvimento nestas operações escusas e anunciam processos na Justiça para contestar seus detratores.

Mas só isso não basta, presidente Pedro Simon.

É preciso mais. Pela direção estadual, o PMDB precisa dar uma cabal satisfação à opinião pública gaúcha, cada vez mais perplexa com o que ouve e vê em imagens e palavras eloqüentes pelo conteúdo e despudoradas pelo que mostram.

O PMDB, na condição de maior partido brasileiro, hoje abriga as duas maiores bancadas no Congresso Nacional – 95 deputados federais e 19 senadores. São nove governadores e cinco vice-governadores. Tem 1.201 dos 5.564 prefeitos do país, dentre eles os governantes de cinco capitais. Tem 910 vice-prefeitos. E tem, ainda, 8.497 dos 51 mil vereadores espalhados pelo país.

Todos eles e os 10 milhões de gaúchos, dos quais quase 8 milhões farão fila nas seções eleitorais de outubro de 2010, merecem uma pronta satisfação do comando estadual do PMDB sobre o que há de verdade ou não nestas acusações.

Não podemos conviver com suspeitas, insinuações, dúvidas, maledicências.

Precisamos separar o que é verdade e o que é mentira.

Precisamos distinguir entre os bons e os maus políticos, os homens públicos de bem e os homens publicamente envolvidos com o mal.

Precisamos exaltar a boa política e execrar a política que virou caso de polícia.

É o que espera o Brasil e o Rio Grande do Sul do PMDB.

Confiamos nas suas providências.

Um abraço fraterno,
povo gaúcho

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