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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Mais graves

Enojados & entristecidos


Os áudios da Operação Solidária têm abalado integrantes da base do governo. Depois de ouvir a primeira exibição de gravações sigilosas no dia 26 de outubro, o deputado Alexandre Postal (PMDB) saiu da reunião dizendo ter ficado enojado, inclusive, com seus colegas de partido.

Hoje (28), foi a vez do deputado Luís Augusto Lara (PTB) sair da sessão declarando-se "muito entristecido".

Já o vice-presidente da comissão de inquérito, Gilberto Capoani (PMDB) acha que nas gravações não há nada que incrimine seus companheiros de governo. Parece que o ex-presidente do Banrisul tem estômado mais forte do que o seu parceiro de bancada e menos sensibilidade com o uso de dinheiro público do que o deputado do PTB.

A culpa não é do mordomo


Enquanto a base aliada aquece o forno para assar mais uma pizza, a oposição já fala em apresentar voto em separado no final dos trabalhos da CPI da Corrupção. O boicote sistemático dos governistas às investigações é considerado indicativo de que o relatório do deputado Coffy Rodrigues (PSDB) está sendo feito sob medida para inocentar a quadrilha que amealhou mais de R$ 340 milhões dos cofres públicos.

A oposição pretende apontar os culpados pelas falcatruas e indicar o grau de responsabilidade de cada um dos agentes políticos. Traduzindo: quer evitar que a culpa recaia sobre o mordono, como pode acontecer no relatório de Coffy.

Cartão vermelho para os faltosos


O deputado Ronaldo Zulke (PT) defendeu a substituição dos deputados que vêm faltando às reuniões da CPI da Corrupção. Até agora, só houve quorum para a votação de requerimentos em duas das 16 sessões realizadas. Com isso, a ordem do dia está abarrotada com 25 pedidos de convocação de testemunhas e de requisição de documentos.

Os campeões de faltas são o PMDB, PPS, PTB, PP e PSDB. O assunto será levado pela deputada Stela Farias (PT) ao presidente da Assembleia Legislativa.

Quem são eles?


A pergunta que não quer calar na CPI da Corrupção é sobre a identidade de duas personagens, cujas vozes aparecem nos áudios da Operação Solidária. Uma delas é o “Woodson”. A outra é o “Celaro”.

Os deputados da oposição têm pistas sobre a identidade dos dois e querem ouvi-los na comissão de inquérito. Já a base governista deve ter certeza de quem se trata, pois tem feito de tudo para evitar as convocações.

Inspeção extraordinária na compra dos móveis deve ser aprovada plo TCE


Está na pauta de hoje da reunião do pleno do Tribunal de Contas do Estado o pedido do procurador Geraldo Da Camino da ralização de uma inspeção extraordinária nas compras feitas para a casa da governadora Yeda Crusius e pagas com dinheiro público.

A medida deve ser aprovada.

Em depoimento a CPI da Corrupção, o chefe da Contadoria e Auditoria Geral do Estado, Roberval Silveira Marques, admitiu que não sabia que os móveis infantis, o pufe verde kiwi e outros objetos que foram comprados pela Casa Civil eram para a casa da governadora.

CPI está à disposição de Alceu Moreira


Se o deputado Alceu Moreira (PMDB) quiser prestar esclarecimentos sobre o envolvimento do seu nome nas investigações da Operação Solidária, a CPI está à sua disposição. A garantia é da presidenta da comissão, Stela Farias (PT). Conforme a deputada, esta segunda fase em que a CPI está ingressando é o momento para o peemedebista - um dos parlamentares cujos telefonemas foram interceptados pela Polícia Federal - se manifestar. "O deputado Alceu Moreira tem o direito e o dever de ir até a comissão falar. Nós temos toda a disposição para ouvi-lo”, frisou.

Logo mais, ao meio-dia, a CPI da Corrupção fará a segunda reunião sigilosa para analisar documentos e gravações relacionados à Operação Solidária, que apurou fraudes em licitações públicas a partir da ação de agentes políticos em conivência com empreiteiras interessadas em realizar as obras.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Nova sessão sigilosa na quarta

A próxima sessão da CPI será na quarta-feira (28), ao meio-dia. Novamente a reunião será a portas fechadas para audição e análise de gravações e documentos relativos à Operação Solidária, liberados pela Justiça à CPI sob a condição de permanecerem sob sigilo.

Apelo à base governista


Ao encerrar a sessão desta segunda-feira da CPI da Corrupção, que teve uma parte fechada para os deputados ouvirem oito gravações da Operação Solidária, a presidenta Stela Farias fez um apelo aos deputados aliados do Palácio Piratini, pedindo que aprovem a vinda de testemunhas indispensáveis ao trabalho da comissão.

Todos os caminhos levam ao Piratini


Após o depoimento de Gilmar Schwanck Justo, proprietário da Atento Service, o deputado Daniel Bordignon disse que não tem dúvidas de que integrantes do governo - entre eles os secretários da Transparência e da Administração - estavam gestionando pelos interesses da empresa, que cobrava do Executivo uma dívida de R$ 16 milhões, não reconhecida nem pela CAGE -Contadoria e Auditoria Geral do Estado - nem pela PGE - Procuradoria Geral do Estado. Ao questionar Justo na CPI, Bordignon pediu a reprodução de uma entrevista concedida pela governadora à Rádio Gaúcha, onde Yeda Crusius diz que a dívida deve ser paga.

Pouca memória


O proprietário da Atento, Gilmar Schwanck Justo, que está depondo neste momento à CPI da Corrupção, confessou ao deputado Elvino Bohn Gass (PT) que "tem pouca memória".

Mesmo com a memória prejudicada, Justo admitiu que contratou a empresa Rio del Sur, de propriedade da família de Lair Ferst, para prestar serviços para sua empresa. A Rio del Sur foi uma das sistemistas utilizadas na fraude no Detran.

Novas testemunhas


Após ouvirem as oito gravações interceptadas no âmbito da Operação Solidária, os deputados Daniel Bordignon (PT), Raul Carrion (PCdoB), Gilmar Sossella (PDT) e Paulo Borges (DEM), protocolaram requerimento para a convocação do secretário de Infraestrutura, Daniel Andrade, do secretário adjunto, Adalberto Silveira Neto, do ex-diretor do Daer Carlos Guimarães Moura e de Woodson Martins da Silva, funcionário da empresa Mac Engenharia. Segundo Bordignon, o objetivo é esclarecer aspectos das conversas gravadas pela PF. “Estas pessoas teriam testemunhado graves irregularidade”, apontou.

Aahhh


Enquanto o deputado Alexandre Postal (PMDB) se declarou "enojado" após ouvir gravações sigilosas referentes à Operação Solidária, seu colega de partido, Gilberto Capoani disse "estar tranquilo".

Ao deixar a audiência da CPI da Corrução durante o depoimento do proprietário da empresa Atento Service, o vice-presidente da comissão reafirmou aos jornalistas que "estava tranquilo porque não tinha ouvido a palavra dinheiro nas gravações".

Roberval Silveira Marques, o retorno


Leitor indignado com a cobertura - que ele classifica de insignificante - dada pela imprensa ao depoimento do chefe da Contadoria e Auditoria Geral do Estado à CPI da Corrupção, escreve ao blog e pede que o assunto seja novamente abordado neste espaço.

Atendendo à solicitação, voltamos ao dia 21 de outubro, quarta-feira passada, quando Roberval Silveira Marques, falou à CPI e admitiu que não sabia que os móveis infantis, o pufe verde kiwi e outros objetos que foram comprados pela Casa Civil eram para a casa da governadora. Ainda segundo Silveira Marques, a tomada de preços - procedimento exigido pela CAGE para compras efetuadas com dinheiro público - só não foi realizada porque "segundo Sua Excelência, os móveis estavam em liquidação e tinham singularidade no mercado".

"Isto significa que a governadora Yeda Crusius quis aqueles móveis, daquela loja e com aquele preço. Este procedimento é completamente estranho à lei de licitações, portanto ilegal", ressalta nosso leitor, que lembra o inciso 5º do parágrafo IV do artigo 7º da lei. "É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas (...)". "Móveis infantis e pufes não são exatamente produtos sem similaridade e, mesmo assim, o governo comprou sem tomada de preços porque Sua Excelência usou uma falsa justificativa", destaca o internauta.

Para ele, o detalhe fatal do depoimento do chefe da CAGE é a sua afirmação de que só teria sentido adquirir móveis infantis com dinheiro público se fossem destinados ao Palácio Piratini e que era esta a informação contida no processo de compra.

A conclusão óbvia é que Roberval Silveira Marques foi enganado por Yeda Crusius.

Perplexa


A presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT), disse que está "perplexa" com o boicote que a base governista está impondo ao trabalho da comissão. "Nenhuma CPI enfrentou isto que estamos sofrendo. Não estão impedindo apenas as investigações, mas o efetivo combate aos esquemas de corrupção que ganharam vida neste Estado", desabafou deputada.

Stela frisou que há indícios de que as irregularidades constatadas na Operação Solidária continuem em curso. "Ainda não sabemos se o roubo continua, mas a análise dos autos da Solidária lança dúvidas sobre possíveis desvios nas obras relativas ao PAC Sanemanto sob responsabilidade do governo estadual. Nosso foco não é só o passado, mas o presente", adiantou a parlamentar.

A deputada voltou a afirmar que"mesmo que a CPI não tenha sequer relatório, já cumpriu o seu papel, dando ao "cidadão gaúcho o direito de julgar os envolvidos nos crimes de corrupção, fraude em licitações, chantagem e outros delitos apurados pela comissão".

Coceira nos dedos


Após ouvir as oito gravações disponibilizadas hoje pela presidenta da CPI da Corrupção, o deputado Paulo Borges (DEM), disse que, na condição de jornalista, "estava com coceira nos dedos" para ver as informações sigilosas, que foram compartilhadas pela Justiça com os integrantes da comissão, estampadas nos jornais. "É uma pena que a gente não possa falar sobre o que ouvimos aqui. Tomara que um dia toda a imprensa tenha acesso ao teor destes CDs e revele à sociedade o que aconteceu nesta Estado", observou Borges.

O democrata também não poupou os membros da base governista que não compareceram à reunião para não dar quórum para apreciação dos requerimentos que estão na ordem do dia. "Estão brincando de forma descarada e debochada com o dinheiro público. Faço um apelo para que os deputados aliados com o Palácio Piratini votem os requerimentos, nem seja contra, mas que venham aqui, tenham coragem de votar e parem de fazer a imprensa e o povo gaúcho de palhaços".

PMDB


Para o deputado Daniel Bordignon (PT), as gravações ouvidas nesta segunda-feira, que integram o inquérito da Operação Solidária, não deixam dúvidas "que existe um forte esquema de corrupção dentro do governo do Estado calcado na promiscuidade entre agentes políticos e privados, com favorecimento de membros do PMDB.

Bordignon também fez duras críticas aos deputados que, mais uma vez, impediram o quórum (7 parlamentares) para votação dos requerimentos que autorizam a convocação de testemunhas. "É inacreditável que, depois do que ouvimos hoje, os integrantes da base do governo Yeda Crusius continuem barrando as investigações", argumentou o petista.

Enojado


O deputado Alexandre Postal (PMDB) foi um dos poucos parlamentares da base governista que permaneceu na sessão da CPI da Corrupção enquanto os áudios da Operação Solidário estavam rodando. Quando a sala do plenarinho foi aberta à imprensa, o peemedebista declarou que "estava enojado com o que ouviu, inclusive de companheiros, o que era lamentável".

Estarrecedor



O líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, um dos deputados que participou da parte sigilosa da sessão desta segunda-feira (26) da CPI da Corrupção, classificou o conteúdo das gravações como "estarrecedor". Oito áudios interceptados pela Polícia Federal dentro da Operação Solidária foram ouvidos pelos deputados nesta tarde.

Áudios da Solidária entram em pauta


Neste momento, a presidenta da CPI da Corrupção pediu que a sala onde se realiza a sessão da comissão fosse esvaziada para que os deputados possam ouvir oito gravações relativas à Operação Solidária, cujo conteúdo foi disponibilizado pela Justiça somente aos parlamentares. Além dos deputados, podem permanecer no plenarinho um assessor por bancada e um assessor indicado por cada parlamentar. Após a audição sigilosa, os deputados devem conversar com a imprensa.

Dono da Atento Service depõe hoje


O proprietário da empresa Atento Service, Gilmar Schwanck Justo, depõe hoje na CPI da Corrupção. A reunião, que começará às 14h, ocorre no plenarinho e será transmitida ao vivo pela TV Assembléia. Quem quiser acompanhar pelo site PTSul é só acessar www.ptsul.com.br.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Raul Pont, um aliado das lutas das mulheres


Mais de 170 mulheres assinaram um manifesto de solidariedade e apoio ao deputado estadual Raul Pont (PT), repudiando a acusação da deputada Zilá Breitenbach (PSDB), que alega que foi agredida pelo petista durante a leitura do relatório do impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). O documento doi encaminhado aos integrantes da Comissão de Ética da Assembléia Legislativa - Francisco Appio (PP), Luciano Azevedo (PPS) e Carlos Gomes (PRB) .

Raul Pont, um aliado das lutas das mulheres

Ao escrever, em sua Pagu, que “nem toda feiticeira é corcunda”, Rita Lee lançou um apelo implícito: por favor, não nos generalizem pela simples condição feminina. Muito antes da cantora e compositora brasileira, a filósosa francesa Simone de Beauvoir concluía: “não se nasce mulher, torna-se mulher”.

Com a ascensão do movimento feminista, uma nova palavra de ordem incorporou-se à luta pela igualdade: “não basta ser mulher”. Era um posicionamento demarcador do propalado “feminismo da diferença” e que entendia o movimento feminista não como contrário aos homens, mas como um apelo para que homens e mulheres caminhassem lado a lado, construindo a igualdade de condições e oportunidades.

Esse chamado vem conquistando homens e mulheres através dos séculos, contabilizando incontáveis avanços das mulheres nas mais diferentes esferas de atuação. Nós, que fazemos parte dessa história, reconhecemos no deputado estadual Raul Pont um aliado da nossa luta.
Raul Pont, um militante dos direitos humanos e das liberdades políticas, ainda estudante universitário enfrentou a ditadura militar. Foi preso e torturado e conhece muito bem as marcas que a violência deixa e que o tempo não apaga. Enquanto parlamentar e prefeito esteve sempre atento às reivindicações dos movimentos de mulheres, presente em nossos atos e defendendo a eqüidade de participação das mulheres nas mais diversas esferas. Os avanços das políticas públicas para as mulheres em Porto Alegre passaram por sua administração. A busca de mais recursos no orçamento do Estado, conta com sua voz na defesa permanente.

Ao contrário de Raul Pont, a deputada Zilá, do PSDB, votou contra emendas importantes que ampliavam recursos para as mulheres no orçamento público. Além disso, sua figura é ausente nas atividades e debates promovidos pelos movimentos de mulheres.

Assim, não podemos aceitar caladas à tentativa de vitimização da parlamentar. Que a deputada se sinta agredida pelo gesto de baixar o microfone quando a sessão estava interrompida é um sentimento seu – pessoal. Não é - e nem seria em hipótese alguma - uma agressão “a todas mulheres gaúchas” como, de maneira pretensiosa, declarou Zilá. Ela está muito longe de representar todas as mulheres gaúchas. Ela não representa sequer todas as parlamentares do Legislativo Gaúcho.

Na defesa da história militante de Raul Pont.

No reconhecimento à sua presença na luta das mulheres.

Na convicção de que a verdade é revolucionária.

Repudiamos todas as tentativas de transformar o deputado Raul Pont no desvio de foco da CPI.

Porque a calúnia pode ser uma violência maior. Ela não fere a carne, mas atinge a honra

Boletim Especial da CPI da Corrupção

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Missão impossível


Não se sabe qual o valor que a empresa FSB Comunicações, contratada pelo PSDB para melhorar a imagem da governadora, está cobrando, mas eles assumiram aquilo que pode ser chamado de missão impossível.

Não basta mudar o cabelo, posar de vítima e anunciar uma nova fase no governo para reconquistar a confiança da população. Enquanto continuar escondendo a verdade do povo gaúcho, Yeda Crusius continuará sendo rejeitada. E a entrevista coletiva de ontem mostra que a governadora não cogita a possibilidade de avaliar o mundo real.

A governadora sequer admite que errou, ao mandar comprar, com dinheiro público, até toalhas amaciadas e o tal pufe verde kiwe ou pistache, como preferem alguns decoradores. Ela teve a coragem de dizer que acertou no Detran, cujos três últimos presidentes saíram em meio a ecândalos, o primeiro - Flávio vaz Netto - inclusive algemado. Os dois que o sucederam deixaram autarquia denunciando pressões de secretários (leiam-se, governadora) para pagar R$ 16 milhões, uma dívida que tanto a Cage - Contadoria e Auditoria Geral do Estado - quanto Procuradoria Geral do Estado consideravam ilegítima.

Yeda atribui a compra da sua casa "ao sonho de qualquer brasileiro". É verdade que as pessoas sonham com a casa própria, mas são raros os cidadãos com dinheiro para comprar uma mansão avaliada em mais de um milhão de reais e mais raros ainda aqueles que podem fazer isto sem
explicar como conseguiram o dinheiro para o negócio. Yeda está neste seleto grupo.

Mas o pior mesmo é a governadora dizer que "sofreu calada até tudo ficar esclarecido e ela se sentir livre". Paulista, ela deve estar convicta que o povo gaúcho é burro. A única coisa que está evidente, até o momento, é que, em duas operações desencadeadas pela Polícia Federal, diversos integrantes ou colaboradores diretos do seu governo foram flagrados no meio do bolo e, sem apertar muito, falaram que a governadora estava envolvida.

Assim, não há agência de comunicação que resolva o problema.

Aliás, como a governadora gosta de dizer que seus atos são transparentes, quanto mesmo o PSDB está pagando para a FSB?

Três versões sobre a casa


A entrevista concedida ontem pela governadora Yeda Crusius trouxe à tona uma terceira versão para a compra da sua mansão. Agora, a governadora diz que pagou RS 500 mil pelo imóvel, ou seja, R$ 50 mil sumiram da transação. E que o restante foi parcelado, contradizendo duas versões anteriores: uma que apontava para a contratação de um empréstimo e outra para o pagamento de R$ 550 mil.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Operação Solidária na pauta


A presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias, anunciou que, na próxima semana, a comissão deverá realizar sessões sigilosas para analisar documentos da Operação Solidária, que estão sob segredo de Justiça.

A deputada reafirmou que, independente do boicote da base governista, o trabalho da CPI será intensificado. "Apenas três parlamentares permaneceram até o fim na sessão de hoje, quando ouvimos um importante e esclarecedor depoimento do chefe da CAGE. O relator, deputado Coffy Rodrigues (PSDB) também deixou a reunião antes do término. Ele avisou que precisava ir embora, mas de qualquer forma isto é um absurdo", observou.

Sobre isto, o deputado Daniel Bordignon perguntou: "será que o relatório dele será feito da mesma forma que o parecer produzido por sua colega de partido, deputada Zilá Breitenbach que, sem ouvir ninguém, pediu o arquivamento do processo de impeachment?

Elogios a Buchmann


O titular da Contadoria e Auditoria Geral do Estado, Roberval Silveira Marques, afirmou na CPI da Corrupção, que, se fosse governador, convidaria o ex-presidente do Detran, Sérgio Buchmann, para participar do seu governo. Ao responder o deputado Gilmar Sossella (PT) sobre a sua opinião sobre a conduta pessoal e profissional de Buchmann, Silveira Marques confirmou que conhece o ex-presidente do Detran há anos - ingressaram no Estado através do mesmo concurso - que o considera um técnico competente e equilibrado.

Para Bordignon, Yeda abusou da boa-fé do chefe da CAGE



Para o deputado Daniel Bordignon (PT), o depoimento do auditor-geral do Estado evidenciou que a governadora abusou da boa-fé do servidor quando decidiu comprar, com dinheiro público, móveis para a sua casa na Tok & Stok. "A CAGE tentou avisar, talvez com excessiva delicadeza, que o procedimento era completamente contrário às normas que se aplicam às despesas públicas, tanto é que o processo aberto para a aquisição do mobiliário foi devolvido pelo órgão 12 vezes porque estava em desacordo com a praxe da administração pública, não apresentando três orçamentos.

"O vai e vem entre a Contadoria e Auditoria Geral do Estado e a Subchefia Administrativa da Casa Civil, que assinou a solicitação da compra, só terminou quando a CAGE recebeu uma falsa informação - que 'o objeto adquirido possui características singulares para uso pessoal da governadora junto ao seu gabinete' - e finalmente, autorizou a negociação", explicou Bordignon.

Traduzindo para a linguagem comum: Yeda quis por que quis comprar na TOK e STOK com dinheiro público, mesmo havendo a possibilidade de existir produtos similares no mercado a preços mais baixo.

Como o diabo gosta


A CAGE não mantém programas de auditoria rotineiros no Banrisul, CEEE, Corsan e Sulgas. A revelação foi feita pelo contador e auditor-geral do Estado, Roberval Silveira Marques, que está prestando depoimento neste momento da CPI da Corrupção. O problema, segundo Marques, é consequência da falta de pessoal. "Deixar a porta aberta para a roubalheira é um dos tantos resultados nefastos do processo de enxugamento da máquina pública", condenou o deputado Raul Carrion (PCdoB).

Chefe da CAGE diz que móveis foram adquiridos para ala residencial do Palácio, não para a casa de Yeda


Apesar de ter sido convocado para falar do caso Atento, o contator e auditor-geral do Estado, Roberval Silveira Marques, não conseguiu evitar o assunto da compra dos móveis infantis e outros objetos para a casa da governadora. Questionado pelo deputado Paulo Borges (DEM), o auditor revelou que as aquisições foram feitas para a ala residencial do Palácio Piratini, mas não soube explicar por que foram parar na casa particular da governadora. Silveira Marques também admitiu que não sabia que os itens não estão na prestação de contas de bens adquiridos pelo governo, conforme informação do Ministério Público de Contas.

Sobre o piso de borracha, o chefe da CAGE informou que a alegação para a compra foi a segurança da governadora e que o piso não é um bem incorporado ao patrimônio do Estado, assim como o material de construção, que também foi adquirido pelo governo.

Com relação ao controle sobre as compras do Estado, Roberval Silveira Marques afirmou que a CAGE tem deficiência de pessoal e que o trabalho é feito por amostragem.

Adiado depoimento do proprietário da Atento

O depoimento do proprietário da Atento Service, Gilmar Schwanck Justo, agendado para hoje na CPI da Corrupção, foi adiado para a próxima segunda-feira (26). Segundo a presidenta Stela Farias (PT), o advogado do empresário encaminhou ofício solicitando uma nova data para a oitiva, o que foi aceito pela deputada.

O depoimento do contator e auditor-geral do Estado, Roberval Silveira Marques, começou neste instante.

A Atento prestava serviços de guincho e depósito para o Detran e cobrava do Estado uma dívida de R$ 16 milhões considerada ilegítima pelos ex-presidentes da autarquia Estella Máris Simon e Sérgio Buchmann. Ambos já falaram à CPI e admitiram que foram pressionados por membros do Executivo a pagar a soma exigida pela empresa.

Pont diz que governadora está apelando para autovitimização


O vice-líder da bancada do PT na Assembleia, Raul Pont, considera que o pronunciamento da governadora Yeda Crusius na manhã de hoje tem o claro objetivo de promover sua autovitimização para sensibilizar a opinião pública. O parlamentar frisou que o resultado da votação do pedido de impeachment era o esperado pela sociedade, já que o governo detém a maioria no Legislativo, e não significa, de forma alguma, que as suspeitas de participação da governadora em fraudes tenham sido afastadas. “O arquivamento aconteceu a despeito das inúmeras evidências que mostram que, no mínimo, a governadora se omitiu em relação ao esquema montado no Detran”, sustentou.

Para o deputado, não há vitórias para a governadora e sua base aliada comemorar. “A menos que considerem a fraude no Detran, a fraude do relatório que concluiu pelo arquivamento do impeachment e a fraude apurada pela Operação Solidária motivos para celebrações”, emendou.


Charge Kayser

Mandado de segurança quer preservar direito das minorias


Os deputados Daniel Bordignon (PT), Gilmar Sossella (PDT), Marquinho Lang (DEM), Paulo Azeredo (PDT), Paulo Borges (DEM), Raul Carrion (PCdoB) e Ronaldo Zulke (PT) ingressaram com mandado de segurança junto ao Tribunal de Justiça do Estado pedindo que os requerimentos rejeitados pela maioria da CPI, mas que obtiveram quatro votos favoráveis, sejam validados pela Justiça.

Caso a solicitação seja deferida, estariam aprovadas as convocações das seguintes testemunhas: Neide Bernardes, Rosi Guedes Bernardes, Delson Martini, Eduardo Laranja, Marcelo Albert, Pedro Ruas, Carlos Ubiratan dos Santos, Flávio Vz Netto, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, Ricardo Lied, Walna Vilarins Menezes, Carlos Rodrigues Timm, Orgel de Carvalho, Ibanez Filter, Luciano Celaro e Magda Koenigkan. A CPI também ficaria autorizada a requisitar documentos, cujo pedido foi barrado pela maioria governista.

A principal tese defendida no documento é o 'direito das minorias parlamentares'. Segundo o texto, ao assegurar, no artigo 58 § 3º, a criação de CPIs mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara Federal ou do Senado, a Constituição Federal está reafirmando o direito das minorias. "Nesta perspectiva, qualquer problemática relacionada à análise de uma CPI deverá, necessariamente, ser entendida sob a perspectiva do direito das minorias parlamentares", alega o advogado dos deputados da oposição que integram a CPI da Corrupção.

Dentro deste entendimento, os requerimentos que tiveram 1/3 dos votos deveriam ser acatados, "pois de nada adianta instaurar uma CPI se à mairia de seus membros é dado o poder de esvaziá-la em seu objeto, ou seja, se a esta minoria não forem assegurados os meios de operacionalizá-la".

Acima do deboche 2


Em entrevista coletiva concedida nesta manhã, a governadora Yeda Crusius voltou a declarar-se vítima da "oposição feroz" e de "ataques infundados e injustos". Pela primeira vez, Yeda falou publicamente sobre a aquisição, com dinheiro público, de objetos para sua casa particular. Questionada por um repórter sobre o procedimento, a governadora tascou: "os brigadianos que fazem a minha segurança, a segurança da minha casa e da minha família precisavam de abrigo".

Só faltou ela dizer que foram os policiais que vigiam a sua residência que escolheram a cor do pufe - verde kiwe -que a Casa Militar comprou e mandou entregar na sua casa. E que foram eles, também, que escolheram a loja onde o objeto foi comprado, uma das mais caras de Porto Alegre.

A governadora ainda disse que "vestiu as casas oficiais com muita parcimônia", que "não errou no Detran", e que "a população está solidária com ela".

Os institutos de pesquisa que detectaram uma rejeição récorde ao seu governo devem, portanto, ter ultrapassado a fronteira do Rio Grande do Sul e entrevistado cidadãos de outros estados e países. Talvez até de outro planeta.

Auditor-geral do Estado e proprietário da Atento Service depõem hoje


O contator e auditor-geral do Estado, Roberval Silveira Marques, e o proprietário da Atento Service, Gilmar Schwanck Justo,serão ouvidos hoje pela CPI da Corrupção. A audiência acontecerá no plenarinho, a partir das 18 horas.

Acima do deboche



O discurso da governadora na abertura do 20º Congresso Gaúcho de Rádio e Televisão, em Canela, ontem à noite, é mais do que um deboche do povo gaúcho. Depois de exaltar a importância da verdade, Yeda Crusius garantiu que sua gestão será marcada pelo combate à improbidade.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Trinta deputados contra o povo gaúcho

Leniência para investigar e celeridade para arquivar


Presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT) fez pesadas críticas ao resultado da votação do pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius. Segundo a deputada, o indiciamento de pessoas absolutamente ligadas ao centro do governo, assim como os fortíssimos indícios de que a governadora não só tinha conhecimento dos esquemas, como se utilizava de seu cargo a favor da continuidade destes, não poderiam ser ignorados pela maioria na Assembléia Legislativa.

“A base do governo, ao atribuir todos os fatos e informações levantadas a uma ‘conspiração’ contra o Piratini, preferiu não ver a conspiração que de fato havia. Um grande esquema de conspiração e chantagem, que esteve dentro de seu próprio governo” cobrou a deputada.

Stela citou a reportagem da Revista IstoÉ, intitulada 'O arrecadador de Yeda', sobre o envolvimento do deputado federal, José Otávio Germano, do PP, na fraude do Detran e os acordos feitos para manter o esquema de desvio de recursos públicos. A parlamentar lembrou que, nesta semana, os deputados da base governista rejeitaram o requerimento para convidar Germano a comparecer na comissão.

“O lema da base governista, aqui na Assembléia é leniência para investigar e celeridade para arquivar” afirmou, destacando que a investigação da compra da casa da governadora não encerrou, tem segmento na Procuradoria-geral da República. "Nada disso foi considerado no relatório final da comissão de impeachment nem na votação de hoje".

O voto da oposição

Clique aqui para ler a íntegra da declaração de voto dos deputados que não admitem que o Poder Legislativo seja conivente com a corrupção.

Dinheiro público também?


Depois do pufe, do piso, dos lençóis, das toalhas frapê, das colchas, das coníferas e dos móveis para o quarto dos netos, será que os fogos de artifício, lançados assim que o arquivamento do processo de impeachment contra Yeda Crusius foi anunciado, também foram pagos com dinheiro público?

Três horas de silêncio dos governistas

Deputados da base de Yeda assistem sessão calados
A apreciação do parecer da comissão especial que trata do pedido de impeahment da governadora Yeda Crusius inciou há três horas e, até momento, apenas deputados da oposição ocuparam a tribuna. O primeiro a falar, em nome do PC do B, foi Raul Carrion. Depois, manifestaram-se os petistas Raul Pont, Adão Villaverde, Stela Farias, Elvino Bohn Gass e Ronaldo Zülke e Marisa Formolo, os pedetistas Gilmar Sossela e Paulo Azeredo (está na tribuna nesta momento), o socialista Miki Breier e o democrata Marquinho Lang.

Segundo as regras aprovadas em reunião de líderes, cada bancada tem uma hora para falar. A relatora da Comissão Especial, deputada Zilá Breintebach (PSDB), tem o direito de se manifestar após a fala de cada deputado, mas até agora permaneceu calada.

Tem Vivian na linha de novo


Antes de posar de vítima, o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian (PP) deve refrescar a memória para lembrar com quem ele articula politicamente. Ontem, publicamos um áudio onde Vivian conversa com um dos principais envolvidos no escânadalo do Detran, Antônio Dorneu Maciel. Hoje, republicamos uma gravação onde Flávio Vaz Netto, em conversa com José Otávio Germano, diz que está indo almoçar com Vivian.

Em entrevista aos meios de comunicação nesta terça-feira (20), o chefe da Casa Civil disse que "a oposição está tentando atingí-lo para fragilizar o governo".

A oposição não tem interesse em fragilizar o governo, já detonado pelos seus integrantes. A oposição quer, sim, é investigar as denúncias de corrupção que atingem este governo e o chefe da Casa Civil deveria ser um dos primeiros a querer esclarecer os fatos.

Estudante é agredido por defensor de Yeda

Momento histórico


O deputado Adão Villaverde (PT) disse há pouco - na sessão que está votando o relatório da deputada Zilá Breitenbach (PSDB) propondo o arquivamento do pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius - que o parlamento gaúcho tem a responsabilidade de apresentar uma conduta equilibrada, séria e ilibada neste momento histórico.

"O Legislativo nunca fez e não deve denunciar ninguém sem provas, mas também não pode deixar de investigar as acusações que são de grande dimensão financeira e inaceitáveis do ponto de vista da gestão pública", disse ele. "A Assembleia não pode abdicar da função de guardiã do estado democrático do Direito e do papel de fiscalização do Executivo".

Terceiro parlamentar a falar na sessão, Villaverde defendeu que os parlamentares acolham o pedido e façam todas as investigações necessárias para a governadora ser inocentada ou responsabilizada.

Capoani, um dos sabotadores da CPI


Campeão de faltas na CPI da Corrupção - deixou de comparecer a dez audiências - o vice-presidente da comissão, deputado Gilberto Capoani (PMDB), resolveu bradar contra a CPI porque, na sua opinião, nada será investigado.

Bem, se a CPI dependesse do peemedebista para trabalhar, até agora nada teria sido realizado. Apesar de ser vice-presidente, Capoani faz parte do grupo dos sabotadores da CPI: ou não vai às reuniões ou vota contra os requerimentos para convocar testemunhas ou requesitar documentos.

Ontem, ele levou o boicote às últimas consequências: para impedir a CPI de ouvir o vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, suspeito de envolvimento em irregularidades na campanha de Yeda Crusius ao Palácio Piratini e de favorecer uma empresa doadora de recursos para o PSDB com um empréstimo no Banrisul, Capoani votou contra seu próprio requerimento.

Viva a mordaça


A deputada Silvana Covatti (PP) quer acabar com o direito da oposição de falar na tribuna. A novidade foi comunicada pela parlamentar à TV Assembleia, em entrevista concedida minutos antes do início da votação do pedido de impeachment da governadora.

Ardorosa defensora de Yeda Crusius, a deputada do PP "garantiu" aos telespectadores que, por onde anda, a população “apóia a governadora e acredita no trabalho que ela (Yeda) vem desenvolvendo em prol do desenvolvimento do Rio Grande”.

Será que Silvana Covatti anda fazendo campanha fora do Rio Grande do Sul?

Desembargador cria voto por procuração

Deputado Carlos Gomes, do PRB, votou como se ainda fosse do PPS

O desembargador Luiz Felipe Silveira Difini não acatou o argumento da oposição de que o deputado Carlos Gomes (PRB) não poderia votar na Comissão do Impeachment como se ainda fosse do PPS.

Segundo o seu despacho, indeferindo o pedido de que deveria ser feita nova votação, o parlamentar estava 'autorizado' para votar em nome de outro. Escreve Difini: “no caso concreto, importa referir que o deputado estadual Carlos Gomes, a despeito de ter deixado o PPS para integrar o PRB – partido esse sem participação na Comissão – recebeu expressa autorização daquele partido para representá-lo na Comissão...”

A tese da oposição, justamente, é que Carlos Gomes foi eleito para a comissão pelo PPS. Só que o deputado trocou de partido e quando ocorreu a votação do relatório da deputada Zilá Breitenbach, indicando o arquivamento do pedido de impeachemnt já estava no PRB. Ou seja, o PPS, eleito, não votou porque já não tinha representante; mas o PRB, não eleito, votou.

Assim, Difini seguiu a tendência do momento, onde o Poder Judiciário inventa leis novas, e criou o voto por procuração, onde o deputado de um partido pode votar por outro. Isto até pode ser bom, já que evitaria a permanente falta de quórum nas comissões da Assembleia, seguindo o mesmo caminho das assembleias de condomínio, onde os donos dos imóveis podem votar por procuração.

Há poucos anos, o episódio em que alguns deputados, chamados 'pianistas', tinham as senhas de votação de outros e as usavam para votar por eles na Câmara Federal, repercutiu com grande escândalo. Eles não tinham um juiz a inventar novas teses e voto por procuraçõ.

Como dizia Tim Maia, chamem o síndico.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Stela diz que Assembleia está constrangida com postura da base governista

Base de Yeda não aceita convocação de José Otávio Germano


Mesmo depois da publicação da matéria da revista Isto É e dos áudios divulgados hoje, a base governista derrubou a convocação do deputado José Otávio Germano para depor na CPI da Corrupção. Os deputados do PMDB, PSDB, PP, PTB e PPS ainda rejeitaram a convocação de Flavio Vaz Netto e Carlos Ubiratan de Sousa, ex-presidentes do Detran; de Walna Villarins Meneses, ex-assessora especial da governadora; de Delson Martini, ex-secretário geral de Governo; e do ex-marido da governadora, Carlos Crusius.

Yedistas rejeitam vinda de Lair Ferst e Eliseu Padilha


Ainda não será desta vez que os gaúchos poderão ouvir os esclarecimentos de Lair Ferst sobre o esquema organizado a partir do Detran para desviar recursos públicos e montar uma espécie de 'caixinha' da propina. Por oito voto a três, a convocação de Ferst, um dos principais personagens desta trama, foi recusada pelos deputados aliados da governadora Yeda Crusius.

Os mesmos parlamentares também recusaram o convite ao deputado federal Eliseu Padilha (PMDB), investigado pela Operação Solidária.

Veja nota publicada pela jornalista Rosane de Oliveira na ZH do último sábado sobre o envolvimento de Padilha nas ilegalidades que estão sendo apuradas.

Confira a postagem denominada "Vítima de companheiros" no dia 17 de outubro.

Documentos da Operação Solidária chegam à Assembleia


A presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT), acaba de anunciar a chegada, na Assembleia Legiltiva, dos documentos da Operação Solidária, liberados pelo Tribunal Regional Federal à comissão.

Conforme a deputada, são 16 volumes, 8 DVDs e mais um CD com provas e material usado nas investigações de irregularidades na aquisição de merenda escolar no município de Canoas, durante a gestão do tucano Marcos Ronchetti, e em licitações de obras sob responsabilidade do Estado, como as barragens Jaquari e Taquarembó.

A apuração feita pela Polícia Federal já rendeu o indiciamento do secretário de Irrigação, Rogério Porto, e de Chico Fraga, ex-secretário de Canoas e um dos coordenadores da transição do governo Yeda, entre outras.

Segundo Stela, uma reunião fechada da CPI deve ser realizada quarta-feira (21) ao meio-dia para análise do material.

Governistas negam depoimento de Lemos e Bordini


Vice-presidente da CPI da Corrupção, Gilberto Capoani, vota contra o próprio requerimento

Depois de duas horas de discussão, os deputados do PMDB, PP, PSDB, PTB e PPS rejeitaram o requerimento para a convocação do presidente do Barisul, Fernando Lemos, apresentado pelo vice-presidente da comissão inquérito, Gilberto Capoani (PMDB), que também votou contra a proposta. Os mesmos parlamentares também recusaram a convocação de Rubens Bordini, vice-presidente da instituição.

Na semana passada, os deputados Daniel Bordignon (PT) e Paulo Azeredo (PDT), denunciaram que o Banrisul concedeu empréstimo irregular à empresa Alliance One Brasil, que teria doado R$ 200 mil à campanha da governadora ao Piratini.

Segundo conversa entre Lair Ferst e Marcelo Cavalcante, interceptada pela Polícia Federal, Bordini, que atuou como tesoureiro na campanha de Yeda Crusius, foi responsável por receber o dinheiro da fumageira, que teria sido repassado para Walna Villarins Meneses, ex-assessora especial da governadora.

Diálogos conectados


Os diálogos reproduzidos abaixo entre o deputado Marco Peixoto (PP) e Antônio Dorneu Maciel e entre Maciel e o atual chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, têm uma forte vinculação que pode passar despercebida por aquelas pessoas que não estão vivendo o dia-a-dia da CPI.

As conversas são no mesmo dia - 31/10/2007 - com três horas e meia de diferença. Primeiro, Peixoto convida Maciel para ir até a Praça encontrar João Luiz Vargas; Maciel diz que tá indo encontrar com o homem. Peixoto não pergunta quem é o homem, ou seja, ele sabe de quem Maciel está falando.

Depois, no diálogo entre Vivian e Maciel, Maciel comenta com o chefe da Casa da Civil que a conversa com Peixoto foi muito boa. Vivian responde que o deputado chegou a lhe telefonar, mas não conseguiram falar. Maciel diz que tem liberdde com "Marquinho" pra dizer o que pensa; que o deputado quer "entrar no seu coração grande", que pediu para não ser esquecido. Maciel diz que isto depende dele fazer as "coisas direito" e "deixar de ser criança".

Maciel, que é tratado por Vivian como "irmão", fala que eles precisam do "guri", mas que ele não quer nem ouvir falar do "negócio".

O guri é o ex-presidente do PP, Jerônimo Goergen, tratado de forma desrespeitosa por seus companheiros de partido. Já o negócio mencionado por eles, aparentemente, se trata de outro esquema ilícito que não a fraude do Detran.

Maciel também pede a Vivian "dar uma bomba no José Otávio" porque ele está voltando de uma conversa no aeroporto cujo resultado foi "dez".

Vivian mostra que sabia da conversa, parabeniza Maciel pelo sucesso do encontro e pergunta se pode dizer para José Otávio Germano "se está tudo certinho". Logo em seguida, o chefe da Casa Civil pergunta se Maciel já está com tudo na mão para realizar o trabalho. A resposta de Maciel não poderia ser mais explícita: "isso, isso, ficha com cartão de crédito".

Bem, ainda falta revelar quem é o homem que Maciel se refere nas duas conversas. Outros documentos citam este encontro de Maciel no aeroporto com o "campeão", que seria - ainda segundo o material coletado pela Justiça - Athos Cordeiro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem do RS.

Mais um detalhe: o período coincide com a votação do tarifaço proposto pela governadora e rejeitado pela Assembleia Legislativa.

Otomar Vivian na linha


Antônio Dorneu Maciel X Otomar Vivian

Data: 31/10/2007
Hora: 14h35min

Otomar: Oi irmão.

Maciel: Pode falar ou não?

Otomar: Tudo bem, como é que tá? Posso, claro.

Maciel: Eu fui muito bem com o Peixoto, viu.

Otomar: Ele me ligou e pediu que eu ligasse pra ele depois, mas é que eu tava em plena palestra e não pude...

Maciel: Não, eu te.. te entendo... tu pode ouvir?

Otomar: Posso, claro.

Maciel: Como é que tu foi lá?

Otomar: Heim?

Maciel: Como é que tu foi?

Otomar: Há, não, não, não... só dei o recado, entendeu? E pedi que ele me ligasse depois que terminasse lá.

Maciel: O Aod?

Otomar: Isso.

Maciel: Tá.

Otomar: Tá?

Maciel: Outra coisa, eu peguei o Peixoto... saí dali e fui almoçar com os guri do Jerônimo no... no São Pedro e aí eu me encontrei com o Peixoto na praça e dei o recado direitinho pra ele, tá? Eu tenho liberdade pra dizer tudo pra ele, né? Tenho todo tipo de liberdade.

Otomar: Não, lógico.

Maciel: Tu sabe o que que ele quer, né?

Otomar: Viu, Maciel, deixa eu te dizer o seguinte oh, agora vou entrar no carro aqui, fica melhor de falar...

Maciel: Tá. Tu tá indo pra Câmara?

Otomar: Tô indo ali na Câmara, só pra abraçar o Zé, mas vô ter que entrar e sair porque eu tenho que tá as seis horas em Caçapava... rapaz na verdade eu nem devia ir lá...

Maciel: Tá, não, vai, vai, vai lá que ele tá te esperando...

Otomar: Tu vai lá, não?

Maciel: Não, não posso ir que eu tenho que ir no Ministério do Trabalho agora levar da CEEE rapaz...

Otomar: Tá.

Maciel: Eu tenho que pelo menos fazer alguma coisa pra justificar meu salário. Não, e lá não posso faltar.

Otomar: Tá, tá certo, não pode...

Maciel: Entendeu?

Otomar: Deixa eu te dizer assim, oh, agora mais calmamente, eu acho que a reunião foi excelente, tu não achou?

Maciel: Não, foi ótima, dez.

Otomar: Foi dez, né?

Maciel: Pro meu gosto dez.

Otomar: Tá, tu falou bem com o Marquinho?

Maciel: Bem direitinho, e eu tenho liberdade com ele, sabe?

Otomar: Claro, claro, claro.

Maciel: E tu sabe o que que ele quer, né?

Otomar: Sei.

Maciel: O que ele quer, ele quer.... essas conversa que nós tamo fazendo de coisa ortodoxa...

Otomar: Humhum.

Maciel: Entendeu?

Otomar: Entendi.

Maciel: Quer entrar no meu coração como se eu fosse um cara que tivesse coração grande.

Otomar: Claro, claro.

Maciel: Mas é só isso, só isso. O resto tudo... ele disse 'mas tu tu.. tu não esquece de mim?' Eu disse 'não, se tu deixar de ser criança e começar a fazer as coisa direito.'

Otomar: (risos)

Maciel: 'Rapaz, tu tem um potencial do caralho' eu disse pra ele. Mas agora não é hora de pontificar, agora é hora de ajudar.

Otomar: Claro.

Maciel: Tu tá entendendo o que nós precisamos? Nós precisamos desse bosta desse guri. Então pra ter esse guri nós vamos tudo ser peão dele. Celso vai ser peão, tu vai ser peão, tudo peão.

Otomar: Certo, mas vou dizer uma coisa pra ti, oh.... sem o pequenininho do lado dele também fica meio pela metade...

Maciel: Heim?

Otomar: Eu digo... o guri tem que tá com o pequenininho ao lado dele rapaz...

Maciel: Não, mas ele vai tá junto...

Otomar: É...

Maciel: Ele vai tá junto.

Otomar: Entendeu?

Maciel: Eu disse não adianta rapaz nós ter a maioria, tu comanda a maioria... mas se ele pega um ou dois desses... só pra nos fuder

Otomar: Rapaz, vai dar uma guinada nessa bancada rapaz...

Maciel: Agora, tu vai dar uma bomba no Zé Otávio, vai te encontrar com ele...

Otomar: Vou.

Maciel: Vai dar uma bomba nele porque eu tô voltando duma conversa, tá?

Otomar: Aquela do aeroporto?

Maciel: É, exatamente.

Otomar: A a do aeroporto?

Maciel: Tô indo do aeroporto pra CEEE.

Otomar: Funcionou, não?

Maciel: Dez!

Otomar: Então tá.

Maciel: Dez, dez, dez.

Otomar: Posso dizer pra ele então que tá tudo certinho...

Maciel: Não, dez, dez. Nem diz pra ele onde que é porque ele não sabe onde que é.

Otomar: Não, não, vou dizer que tu já... tu já... tu já tá com tudo na mão pra fazer o trabalho, né?

Maciel: Isso, isso. (inaudível) ficha com o cartão de crédito..

Otomar: Ok então.

Maciel: Tá bem?

Otomar: Tá... parabéns irmão, eu...

Maciel: Eu acho que tá funcionando, tá funcionando.... também umas coisa do chefe do terreiro, como é que se chama? Pai de santo... também fiz...

Otomar: É?

Maciel: Agora aqui no...

Otomar: Mas ele tá, ele tá, ele tá indo bem heim, tu viu o que o …

Maciel: Tá, tá, tá..

Otomar: O guri falou aquela hora ali...

Maciel: Eu tive com ele lá na na praça hoje de manhã e ele... ele tá indo bem...

Otomar: Mas o ….. se o guri aprendesse né, será que, eu acho que , se ele entendesse como é que funciona o negócio né...

Maciel: Não, mas ele tá entendendo... ele sabe (incompreensível) mas não quer nem saber, não quer tomar conhecimento.

Otomar: É.

Maciel: Então tá, fica fora, cuida da tua vida quer nós cuidamo da nossa.

Otomar: Exatamente.

Maciel: Eu acho que tá bem.

Otomar: Maravilha irmão.

Maciel: Vamo tocando, vamo falando.

Otomar: Maravilha. Um abração.

Maciel: Dá uma bomba no Zé Otávio lá, tá.

Otomar: Não, vou dar, pode deixar. Agora já vou falar e já vou mandar ele chamar o guri pra... eu quero uma conversa, mostrar o panorama nacional, e tudo... isso vai entusiasmar ele, viu...

Maciel: Isso... Isso... Isso...

Otomar: Entendeu?

Maciel: Combinado.

Otomar: Um abração irmão, até mais. Te ligo depois.

Maciel: Um abraço, tchau.

Os apelidos de João Luiz Vargas


Chama a atenção o número de apelidos recebidos pelo ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, um dos indiciados na Operação Rodin pela fraude no Detran. Conversas interceptadas pela Polícia Federal mostram que João Luiz Vargas era conhecido como pai de santo, chefe de terreiro, chefe da umbanda, saravá e outras denominações semelhantes. Neste diálogo, entre o deputado estadual Marco Peixoto (PP) e Antônio Dorneu Maciel, algumas destas alcunhas são citadas.

Marco Peixoto X Antônio Dorneu Maciel

Data: 31/10/2007
Hora: 10h58min

Maciel: Oi.

Peixoto: Tu tá aonde Maciel?

Maciel: To no grêmio, tô indo lá pra me encontrar com o homem.

Peixoto: O o João Luiz tá aqui comigo, te esperando aqui na praça, nós tamo sentado aqui na praça.

Maciel: Mas eu não sabia, só se eu tivesse uma bola de cristal.

Peixoto: Ah, para tchê... mas eu te falei hoje de manhã.

Maciel: Mas vai te catar o o o saravá... vai Pega esse chefe de umbanda

Peixoto: Tu não quer.... tu não quer falar com o João Luiz?

Maciel: Tô indo pra aí.

Peixoto: Tô te esperando na praça, na praça aqui.

Maciel: Fica quieto aí.

Peixoto: Então vem embora.

Maciel: Não, tô indo pra aí. Tchau.

As entrevistas onde José Otávio Germano mentiu


Resposta a Daniel Scola

Resposta a Macedo

Stela propõe calendário de depoimentos


Diante da inexistência de uma agenda de depoimentos elaborada pela relatoria da CPI da Corrupção, a presidenta da comissão, Stela Farias (PT), apresentou hoje um roteiro de oitivas para ser concretizado até 9 de dezembro. Ao todo, a parlamentar pretende convocar 34 testemunhas, que serão ouvidas em 15 sessões.

21 de outubro – Flávio Pires, Gilmar Justo e Osvaldo Lia Pires

26 de outubro – Ricardo Lied e vice-governador Paulo Feijó

27 de outubro – Flavio Vaz Netto e Ubiratan de Souza

3 de novembro – Carlos Crusius e Lair Ferst

5 de novembro – Eduardo Laranja, Marcelo Albrecht e Pedro Ruas

9 de novembro – Delson Martini, Rosi Guedes Bernardes e Walna Vilarins Meneses

11 de novembro – Chico Fraga e Neide Viana Bernardes

16 de novembro – João Luís Vargas e Rubens Bordini

18 de novembro – Representantes do Ministério Público de Contas, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas do Estado

23 de novembro – Carlos Timm, Ibanez Filter, Luciano Celaro e Orgel de Carvalho

25 de novembro – Representantes do Ministério Público Estadual e CAGE

30 de novembro – Edgar Cândia e Marco Antônio Camino

2 de dezembro – Deputado Marco Alba (PMDB) e Rogério Porto

7 de dezembro – Deputado Eliseu Padilha (PMDB)

9 de dezembro – Deputado José Otávio Germano (PP)

Peguei tua senha nº 5


José Otávio Germano X Antônio Dorneu Maciel
Data: 29/10/2007
Hora: 19h37min

José Otávio: Alô

Maciel: Mauro disse que já vai abrir a votação.

José Otávio: Tá isso eu sei mas tem fila de certo.

Maciel: Não tem, já disse pra ti que peguei tua senha número 5 pra ti rapaz.

José Otávio: Ah tá tou chegando ai então.

Maciel: Já te falei já te falei.

José Otávio: Tá bom to chegando ai querido.

Maciel: Bah, o Buti é um chato esse teu irmão Buti.
(Buti diz algo ao fundo)

Maciel: Viu o que Buti disse?

José Otávio: Valeu querido.

Maciel: Viu o que o Buti falou de ti?

José Otávio: Valeu irmão.

Maciel: Tchau.

Veio sete zero


Antônio Dorneu Maciel X José Otávio Germano
Data: 29/10/2007
Hora: 18h19min

José Otávio Germano – alô!

Maciel – tô aqui no escritório!

José Otávio – mas eu tô em casa, irmão, tu mandou..

Maciel – não.. escritório, tu me disse, eu te espero no escritório, Zé Otávio. 'Eu te espero em casa', tu me ligou daqui eu disse não tu me espera aí que até é melhor prá mim.

José Otávio – tá.. entendi mal. Pode ser no.. pode deixar com a Ana Cláudia..

Maciel – quanto que é??

José Otávio - sete um...

(ouve-se som sugestivo de contagem de dinheiro)

Maciel – então ficou um prá trás, depois eu pego..

José Otávio – hããã??

Maciel – veio sete zero...

José Otávio – tá bom.. (incompreensível)

Maciel – deixo com ela aqui.

José Otávio Germano – tá!

Maciel – tá!

José Otávio – quer que eu fale com ela ou não precisa?

Maciel – não, ela sabe o que fazer.

José Otávio – manda ela esperar. Só isso.

Maciel – mando ela esperar.

José Otávio – é....

Maciel – tchau...

José Otávio – meu irmão! Tu pega prá mim o negócio lá, que horas eu tenho que chegar lá?

Maciel – não sei, eu vou prá lá agora. Chego lá e te aviso.

José Otávio – tá! Valeu.

A mentira de José Otávio Germano


Gravações ouvidas (veja posts acima) nesta segunda-feira (19) durante a audiência da CPI da Corrupção desmente a versão apresentada pelo deputado José Otávio Germano para a expressão "sete um", flagrada em uma conversa entre o deputado e o ex-diretor da CEEE, Antônio Dorneu Maciel. Segundo Germano, o diálogo faz refrência a uma senha para votação na eleição do conselho do Grêmio. Dois áudios exibidos hoje na CPI da Corrupção, no entanto, desmontaram a versão que o deputado federal do PP.

Numa das gravações, Germano e o ex-presidente da CEEE Antônio Dorneu Maciel conversam sobre a entrega de recursos, oruindos da fraude, no escritório do parlamentar. Na conversa, Maciel informa que o valor será de “sete zero”. Em um outro áudio, Maciel informa ao deputado que a senha é de número cinco.

O arrecadador de Yeda


Matéria publicada na revista Isto É desta semana revela que José Otávio Germano era "arrecadador" de Yeda Crusius, durante e depois da eleição.
Confira no site PTSul: ptsul.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Lençóis especiais e toalhas frapés


O procurador geral do Ministério Público de Contas (MPC), Geraldo Da Camino, recebeu no final da tarde de hoje documentos (veja post abaixo) de novas despesas da Casa Militar, desta vez com a aquisição de objetos de cama, mesa e banho na loja Varal, em Porto Alegre. Conforme o processo administrativo e o empenho financeiro de uma das compras – lençol especial, toalha de rosto frape e toalha de banho frape (amaciadas)– foram gastos R$ 3.140,00 na aquisição destes produtos. “Todos são artigos de luxo adquiridos com dinheiro público, sem tomada de preço e sem justificativa, comprados em uma loja de artigos sofisticados e cujo destino é desconhecido, o que mostra, mais uma vez, a confusão que a governadora faz entre o público e o privado”, argumentou a presidenta da CPI da Corrupção, que entregou o material ao procurador.

Segundo Stela Farias, esta não foi a única compra realizada na loja Varal em 2007. De acordo com a Consulta Integrada de Processos no Arquivo – o sistema pesquisado pela deputada – foram gastos mais de R$ 31 mil em objetos de cama, mesa e banho, adquiridos na mesma empresa. Como a legislação determina a obrigatoriedade de licitação para despesas acima de R$ 8 mil, a suspeita é que o fracionamento do gasto seja uma forma de burlar a exigência legal. A deputada solicitou que o procurador anexe a nova documentação à representação já encaminhada pelo PT no dia 8 de outubro passado.

Geraldo da Camino – que está entrando de férias na segunda-feira (19) – prometeu analisar o material ainda hoje. “Dependendo da avaliação, vamos agregar o fato à solicitação, que já encaminhamos ao presidente do Tribunal de Contas do Estado, de realização de uma inspeção especial nos gastos da Casa Civil e da Casa Militar. O pedido de Da Camino deve ser julgado pelo pleno do TCE na próxima quarta-feira (21).

Vida mansa com dinheiro publico: mais provas




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