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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Diálogos conectados


Os diálogos reproduzidos abaixo entre o deputado Marco Peixoto (PP) e Antônio Dorneu Maciel e entre Maciel e o atual chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, têm uma forte vinculação que pode passar despercebida por aquelas pessoas que não estão vivendo o dia-a-dia da CPI.

As conversas são no mesmo dia - 31/10/2007 - com três horas e meia de diferença. Primeiro, Peixoto convida Maciel para ir até a Praça encontrar João Luiz Vargas; Maciel diz que tá indo encontrar com o homem. Peixoto não pergunta quem é o homem, ou seja, ele sabe de quem Maciel está falando.

Depois, no diálogo entre Vivian e Maciel, Maciel comenta com o chefe da Casa da Civil que a conversa com Peixoto foi muito boa. Vivian responde que o deputado chegou a lhe telefonar, mas não conseguiram falar. Maciel diz que tem liberdde com "Marquinho" pra dizer o que pensa; que o deputado quer "entrar no seu coração grande", que pediu para não ser esquecido. Maciel diz que isto depende dele fazer as "coisas direito" e "deixar de ser criança".

Maciel, que é tratado por Vivian como "irmão", fala que eles precisam do "guri", mas que ele não quer nem ouvir falar do "negócio".

O guri é o ex-presidente do PP, Jerônimo Goergen, tratado de forma desrespeitosa por seus companheiros de partido. Já o negócio mencionado por eles, aparentemente, se trata de outro esquema ilícito que não a fraude do Detran.

Maciel também pede a Vivian "dar uma bomba no José Otávio" porque ele está voltando de uma conversa no aeroporto cujo resultado foi "dez".

Vivian mostra que sabia da conversa, parabeniza Maciel pelo sucesso do encontro e pergunta se pode dizer para José Otávio Germano "se está tudo certinho". Logo em seguida, o chefe da Casa Civil pergunta se Maciel já está com tudo na mão para realizar o trabalho. A resposta de Maciel não poderia ser mais explícita: "isso, isso, ficha com cartão de crédito".

Bem, ainda falta revelar quem é o homem que Maciel se refere nas duas conversas. Outros documentos citam este encontro de Maciel no aeroporto com o "campeão", que seria - ainda segundo o material coletado pela Justiça - Athos Cordeiro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem do RS.

Mais um detalhe: o período coincide com a votação do tarifaço proposto pela governadora e rejeitado pela Assembleia Legislativa.

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