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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ligações perigosas


A Operação Solidária nasceu no mesmo mês que em que a Operação Rodin apontava a existência de um esquema criminoso no Detran, com a participação de importantes funcionários do governo Yeda Crusius.

Inicialmente tratados como casos separados, o desenvolvimento das investigações acabou revelando evidências de conexão entre os dois esquemas. Nomes de envolvidos na fraude do Detran passaram a aparecer também nas investigações da Solidária. Por essa razão, a Justiça Federal autorizou, em 2008, a pedido do Ministério Público Federal, o compartilhamento de informações entre as duas operações.

O ex-secretário geral da administração Ronchetti, Chico Fraga, teve telefonemas gravados, com autorização judicial. Ele já é réu no processo do Detran e é um dos principais investigados na Solidária, que levantou um patrimônio de mais de 25 imóveis e mais de uma dezena de veículos em seu nome.

Chama a atenção também a conexão entre deputado federal Eliseu Padilha e Chico Fraga. Padilha chegou a empregar a esposa de Fraga como funcionária de seu escritório político no Rio Grande do Sul. Os dois tiveram grande influência na formação do governo Yeda Crusius.Naquele período, Fraga foi consultado pela governadora em decisões sobre definições de cargos. Padilha também.

Padilha está sendo investigado por indícios de envolvimento em fraudes de licitações em Canoas e em outros municípios. Os dois estão umbilicalmente ligados neste caso que pode revelar um dos maiores esquemas de fraude e desvio de recursos públicos da história do Rio Grande do Sul.

Outro nome envolvido nesta investigação é o de Walna Vilarins Menezes, principal assessora de Yeda Crusius. Ela foi indiciada pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha, em um inquérito resultante da Solidária.

Walna é acusada de interferir no resultado de licitações em favor de algumas empresas. Em ligações telefônicas interceptadas com autorização judicial, Walna conversa com Neide Bernardes, representante da Magna Engenharia, uma das empresas investigadas pela Solidária sob suspeita de pagar propina para agentes públicos em troca da interferência em licitações.

O apanhado foi feito pelo deputado Daniel Bordignon (PT), que falou hoje (4) sobre a CPI da Corrupção na tribuna da Assembleia Legislativa.

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