A prisão do filho do presidente do Detran, Sérgio Buchmann, reacendeu velhas suspeitas de que interesses escusos continuam rondando a autarquia, da qual foram desviados mais de R$ 44 milhões. O episódio encorpou a já vasta lista de explicações que o governo do Estado deve à sociedade gaúcha.
Tudo indica que Buchmann entregou o filho de bandeja à execração pública, ao divulgar para a imprensa sua prisão, porque acreditava estar sendo vítima de uma armadilha. Mas, afinal, quais as circunstâncias que o levam a pensar assim? Quem montou a arapuca? Que interesses ele estaria contrariando?
À imprensa, o presidente do Detran disse que “bateu de frente” com Atento, empresa responsável pelo serviço de guincho e que pressiona o Estado a reconhecer uma dívida milionária e bastante questionável. Teria a prestadora de serviços aumentado o nível de pressão sobre Buchmann a ponto de justificar o “fundado receio” do comandante da autarquia? Quem é, afinal, o dono desta empresa?
O fato de o chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, Ricardo Lied, acompanhar os integrantes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) que foram avisar Buchmann de que seu filho seria preso torna o episódio ainda mais suspeito. Lied é aquele que violou o Sistema Integrado de Informações da Polícia para bisbilhotar a vida do ex-deputado Luís Fernando Schmidt, então candidato a prefeito de Lajeado pelo PT.
Realmente, o governo tucano e seus integrantes não param de surpreender. Está na hora de começarem a dar respostas.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
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