A situação da governadora Yeda Crusius é cada vez mais comprometedora. Não bastasse a avalanche de denúncias de casos de corrupção envolvendo o seu governo – e o tipo de cumplicidade que estabeleceu com as acusações, na medida em que não aceita a investigação dos indícios de irregularidades por parte da Assembleia e protege os suspeitos – a governadora anunciou que não pretende processar Lair Ferst.
Apenas para lembrar, Ferst apontou pelo menos 20 irregularidades cometidas durante a campanha eleitoral e o inicio do governo Yeda Crusius e que envolvem a própria governadora, seu ex-marido Carlos Crusius, assessores, secretários de estado, deputados e empresas. Veja o resumo das denúncias:
1. Recursos de caixa 2 da campanha de 2006 foram usados na compra da mansão da governadora;
2. A governadora recebeu oferta de propina, de R$ 50 mil mensais, do grupo que operava a fraude do Detran e considerou o valor baixo;
3. O início da campanha foi financiado pela doação de R$ 500 mil da empresa SP Alimentação, intermediada pelo então secretário de governo de Canoas, Chico Fraga. A empresa, fornecedora de merenda escolar, é suspeita de envolvimento de fraude no município;
4. Recursos de caixa 2 eram recebidos pelo ex-assessor Marcelo Cavalcante, encontrado morto em fevereiro, e pela atual assessora Walna Meneses;
5. O então marido de Yeda, Carlos Crusius, pegava dinheiro no comitê à noite e levava para o apartamento da candidata. Os recursos nunca mais retornavam;
6. Doação de R$ 400 mil pelas fumageiras Alliance One e CTA após a eleição, uma semana antes da compra da casa da governadora;
7. Marcelo Cavalcante encaminhou à governadpora a carta com denúncias sobre irregularidades elaborada por Ferst, mas nada foi feito;
8. O vice-presidente do Banrisul, Rubens Bordini, recebeu R$ 170 mil em propina no gabinete do presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luis Vargas, em nome da governadora.
9. Delson Martini era o interlocutor da governadora para receber propinas e repassava orientações a Flavio Vaz Netto e Antônio Dorneu Maciel sobre a divisão da propina. Martini, em nome de Yeda, procurou Lair Ferst e ofereceu R$ 70 mil mensais para que ele não denunciasse o esquema da fraude no Detran.
10. Walna Villarins Meneses gerenciava o caixa 2 durante a campanha e o atual governo.
Bem, se tudo isto é invenção de Lair Ferst, por que a governadora desistiu de processá-lo e não libera sua base para apoiar a investigação?
quarta-feira, 8 de julho de 2009
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