segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Gravações inéditas mostram negociação entre Peixoto, Maciel e Vargas
Antes dos depoimentos do procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo da Camino, do contador-geral do Estado, Roberval Silveira Marques, e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Cézar Miola, que está falando neste momento, o deputado Daniel Bordignon (PT) solicitou a audição de quatro gravações - duas inéditas - na reunião da CPI da Corrupção desta segunda-feira.
Interceptados pela Polícia Federal em outubro de 2007, os telefonemas gravados revelam diálogos travados pelo deputado estadual Marco Peixoto (PP) e o ex-diretor da CEEE Antônio Dorneu Maciel. O último dos áudios mostra uma conversa entre Maciel e o ex-presidente do TCE João Luiz Vargas.
Nos diálogos, há referências a uma reunião com a governadora Yeda Crusius, a um acerto com o ex-presidente do TCE João Luiz Vargas e a uma conversa com o “campeão”, que seria Athos Cordeiro, presidente do Sicepot - Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem /RS - que aparece dando indicações a Maciel.
Em linguagem cifrada, Maciel diz a Peixoto que "na próxma semana ele vai ganhar um livro, pois o pessoal está muito contente com ele". Além disso, os diálogos falam de uma suposta homenagem que seria conferida a Peixoto pelos serviços prestados. O parlamentar afirmou, de forma irônica, que teria recebido “o diploma de honra ao mérito, grau de comendador...alto grau”.
No último áudio exibido, João Luiz Vargas contou a Maciel que conversou com o campeão, mas que não recebeu “os livros prometidos”. Maciel recomendou que o ex-presidente do TCE não desse “folga para ele”.
Na representação encaminhada pelo Ministério Público Estadual junto ao STJ contra o ex-presidente do TCE João Luiz Vargas, os procuradores apontam a palavra livro como código para recebimento de propina.
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Um comentário:
E a palavra "companheirinhos"? A quem ou quê se refere?
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