terça-feira, 15 de setembro de 2009
Mais um encrencado
Depois de ser forçada a despachar meia dúzia de secretários por envolvimento em escândalos dos mais variados, ter um secretário indiciado pela Operação Solidária e outro investigado pela Polícia Federal, ver a assessora especial Walna Villarins Meneses responder à Justiça por corrupção passiva e formação de quadrilha, a governadora teve mais um desgosto nesta terça-feira. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público ajuizou uma ação pública por improbidade administrativa contra o seu destemido chefe de gabinete, Ricardo Lied.
Lied é aquele que violou o Sistema Guardião da Secretaria de Segurança Pública e o Sistema Integrado do Consultas da polícia gaúcha para bisbilhotar a vida de adversários políticos, como foi o caso do candidato do PT à prefeitura de Lajeado, o ex-deputado Luiz Fernando Schmidt. O episódio foi denunciado pelo ex-ouvidor da Segurança Pública Adão Paiani, mas a “progenitora do Estado” ignorou a gravidade dos fatos e manteve Lied no seu gabinete.
Movido pela crença de ter as costas quentes, o chefe de gabinete foi mais longe. Em julho deste ano, ele fez uma inusitada visita, acompanhado por dois delegados do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico, ao então presidente do Detran Sérgio Buchmann. Na visita, os três anteciparam ao dirigente da autarquia que o filho dele – Fábio Buchmann – seria preso por tráfico. Desconfiando que se tratava de uma armação, o ex-presidente do Detran não avisou o filho sobre a prisão e denunciou o episódio à imprensa.
A Promotoria entendeu, assim como quase toda a população gaúcha, que Lied e os policiais colocaram em risco a diligência, violaram sigilo e não agiram de acordo com o interesse público.
Agora Lied, assim como a governadora, também responderá por improbidade administrativa. Tal chefe, tal funcionário.
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