Aliados de Yeda não querem investigação

Quem previa que a segunda reunião da CPI da Corrupção se estenderia até altas horas, não contava com a manobra da base aliada que, para não votar os requerimentos convocando 21 pessoas para depor, se retirou do plenário, deixando a reunião sem o quorum mínimo para deliberar.

Impedida de colocar os requerimentos em votação, a deputada Stela Farias convocou uma sessão extraordinária para a próxima quinta-feira (10), ao meio-dia. Como se trata de reunião extraordinária, bastam três deputados para a audiência ser aberta.

Entre os requerimentos que esperam pela análise dos deputados, estão as convocações de quatro ex-presidentes do Detran, do atual presidente da autarquia, do ex-secretário de Canoas Chico Fraga, do ex-secretário geral de Governo Delson Martini e seu pai, do vereador Pedro Ruas, dos assessores da governadora Ricardo Lied e Walna Meneses, do ex-secretário de Transparência Carlos Otaviano de Moaraes e de Rosi e Neide Bernardes, ambas indiciadas pela Operação Solidária.

Para o líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, o comportamento da base de Yeda mostrou que a CPI está dividida entre quatro deputados que querem apurar e oito que querem abafar as denúnciasde corrupção no governo gaúcho; entre aqueles que querem trabalhar e os que querem atrapalhar.